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Ensinar matemática não é uma tarefa simples ou fácil, requer dedicação, esforço, planejamento, inteligência e conhecimento do professor. O docente que leciona inseguro pode causar muitos obstáculos ao progresso dos seus discentes. Por exemplo, um conceito ou definição de forma equivocada passada ao aluno formará em desenvolvimento cognitivo barreiras para o aprendizado. Um objeto de saber a ensinar precisa, de fato, estar claro na mente de que vai transformá-lo no objeto de ensino. Constamos que no ensino de trigonometria no ciclo trigonométrico os docentes repetem, simplesmente, o que está nos livros. Afirmamos isso pelas observações das ministrações das aulas, realizadas por professores, nos ensinos médio e superior. Nos livros de matemática o ensino  do seno, cosseno e tangente de um arco aborda, apenas, o caso da circunferência trigonométrica de raio 1. E eles definem o seno de um arco como sendo a projeção ortogonal e perpendicular da imagem no eixo das ordenadas e o cosseno como a projeção sobre o eixo da abcissas, ou seja, em uma circunferência dado um arco de  medida o seno é a ordenada do ponto e o cosseno a abscissa do ponto Essa definição é válida quando o raio mede 1, mas se o raio for diferente de 1 esta definição não é válida. Isso causa no aluno o que Chevallard chama de obstáculo epistemológico e didático. Neste artigo investigamos esses obstáculos  no ensino de trigonometria no ciclo trigonométrico.