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CASUÍSTICA DE EXAMES DE ANIMAIS DOMÉSTICOS NÃO CONVENCIONAIS E SILVESTRES NO LABORATÓRIO DE PARASITOLOGIA/ULBRA
Priscila Teixeira Ferreira, Cristine Dossin Bastos Fischer, Elisandro Oliveira dos Santos

Última alteração: 12-11-2020

Resumo


O crescente mercado de animais domésticos não convencionais, também denominados de pets não convencionais (PNC), expandiu o seu atendimento em clínicas e hospitais veterinários. O mesmo ocorre com os animais silvestres criados como animais de estimação. Em geral, os PNC e os silvestres necessitam de cuidados especiais de alimentação, ambientação, manejo e bem-estar. Como consequência da maior interação entre tutores e seus animais de estimação, há a possibilidade de ambos contraírem alguma doença zoonótica, dentre elas, as de origem parasitária. Nesse aspecto, a investigação laboratorial através de exames de rotina permite uma maior segurança sanitária na manutenção destes animais. Ademais, em razão da ampla diversidade de parasitos que podem afetá-los, os exames complementares podem auxiliar na compreensão das alterações clínicas encontradas e elucidar as informações referentes às parasitoses. Entre os anos de 2018 e 2020, foram realizados 57 exames parasitológicos de fezes (EPF) e seis exames parasitológicos de pele ou pena (EPP) em PNC e silvestres no Laboratório de Parasitologia, do Hospital Veterinário da Universidade Luterana do Brasil, em Canoas/RS. Foram atendidos 27 roedores, sendo 13 camundongos (Mus musculus), dez ratos, três porquinhos-da-Índia (Cavia porcellus) e um hamster; 20 aves, sendo as caturritas (Myiopsitta monachus) as mais frequentes (5/20); 14 lagomorfos (coelhos); um mustelídeo (furão: Mustela putorius furo); e um cervídeo. Para os EPF, foram utilizados o método de Willis–Mollay e/ou a técnica de Faust et al. Para os EPP, foi realizado o exame direto de penas, suabe otológico ou raspado de pele. 77% dos EPF (44/57) e 50% dos EPP (3/6) apresentaram resultados negativos. Os parasitos gastrintestinais diagnosticados foram Capillaria sp. (12%), em duas aves, oocistos de protozoário não esporulado (46%) em seis coelhos, além de ovos da superfamília Strongyloidea (100%) no cervídeo. Os ectoparasitos diagnosticados foram Menopon sp. (33%), em um galináceo, Chirodiscoides caviae (50%) em um rato, e Psoroptes sp. (100%) em um coelho. O diagnóstico, o tratamento e o controle corretos dessas parasitoses permitem uma ação efetiva dos fármacos, seu uso adequado e previnem o aparecimento de resistência parasitária. Desta maneira, possibilita-se a manutenção saudável de PNC e silvestres de estimação em ambiente domiciliar.

 

Palavras-chave: parasitos gastrintestinais, ectoparasitos, aves, roedores, lagomorfos.


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