Portal de Eventos da ULBRA., XXII FÓRUM DE PESQUISA CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA

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AS PERCEPÇÕES SOBRE A CIÊNCIA E O FAZER CIENTÍFICO NA ESCOLA
Clarissa Pujol, Letícia Azambuja Lopes

Última alteração: 25-11-2022

Resumo


Com a implementação da BNCC como orientação curricular nacional, uma das competências a serem desenvolvidas na disciplina de Ciências é a alfabetização científica. Para tornar o aluno protagonista de seu aprendizado, as atividades de iniciação científica na escola têm se mostrado valiosas, pois ao experimentar os procedimentos do fazer científico, o aluno se apropria dos processos e constrói e reconstrói seus conhecimentos, tornando-se um sujeito mais capaz de pensar e agir criticamente em uma sociedade cada vez mais tecnológica, pois tem aparatos para tanto. Este trabalho se propôs a investigar as percepções de 6 turmas do 6º ao 8º ano do Ensino Fundamental de uma escola pública municipal em Canoas/RS sobre a Ciência, o fazer científico e suas práticas. Um questionário foi respondido por 132 estudantes, com idades entre 11 e 16 anos. O questionário avaliou a partir da escala Likert o nível de concordância dos estudantes com seis afirmações a respeito da Ciência, fazer científico e pesquisadores e três questões dissertativas foram feitas a respeito da relação do estudante com a pesquisa. A maioria percebe a Ciência como passível de erros (50,8%) e discorda de que a Ciência seja feita apenas por cientistas (59,8%). 74,3% dos estudantes demonstram interesse por assuntos científicos. Entre os cientistas identificados estão Albert Einstein, Marie Curie, Nikola Tesla e a professora de Ciências. Apenas um estudante se reconheceu como pesquisador, mas 84,5% dos respondentes relataram já terem participado de pesquisas científicas na escola. Os resultados indicam que a Ciência é um assunto em desmistificação nestas turmas, que têm participado de atividades de iniciação científica desde o início de seus estudos nos Anos Finais. Nos momentos em que o professor se permite o não-saber, posiciona-se como parceiro de trabalho dos estudantes. É quando a pesquisa se torna uma atitude cotidiana, e não evento restrito aos laboratórios, contribuindo na formação de cidadãos críticos e criativos.

Palavras-chave: alfabetização científica; iniciação científica na escola.


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