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FLUORETAÇÃO DAS ÁGUAS DO ABASTECIMENTO PÚBLICO: UMA POLÍTICA DE SAÚDE BUCAL
Diógenes Dias Oliveira, Flávio Renato Reis de Moura

Última alteração: 25-11-2022

Resumo


A cárie dentária é uma das doenças de maior prevalência na população brasileira, tendo a fluoretação das águas do abastecimento público como uma das mais importantes medidas de saúde pública, eficaz e segura, ampliando o acesso ao flúor, principalmente à parte da população que não teria acesso de outra forma, prevenindo e controlando a cárie. O objetivo do estudo foi realizar um boletim epidemiológico referente à política da fluoretação das águas do abastecimento público nos municípios brasileiros. Foram realizadas as coletas dos dados através do relatório do levantamento epidemiológico nacional de saúde bucal (SBBrasil 2003), a literatura científica e a legislação relativa à política. A implementação da política iniciou-se em 1953 no município de Baixo Guandu/ES, tendo o Rio Grande do Sul como pioneiro na obrigatoriedade da implementação, tendo iniciado em 1957 em Taquara/RS. A fluoretação pode gerar possíveis complicações, como fluorose e intoxicação, porém destaca-se a necessidade do controle das concentrações de íons fluoreto, por empresa prestadora do abastecimento, e o heterocontrole, pelo Programa Nacional de Vigilância e grupos sociais locais. O SBBrasil mostrou que municípios da região sul e sudeste e de maior porte tem maior prevalência da presença de Flúor na água, maior que a média nacional de 46% dos municípios. Estudos evidenciam uma redução em torno de 60% da ocorrência de cárie nos municípios com a fluoretação, com um custo médio baixo, tal como de R$ 0,08 per capita/ano em São Paulo em 2003. Destacou-se ainda no estudo, as principais legislações a respeito do tema e informações falsas difundidas na sociedade, principalmente sobre sua segurança. Assim, a política foi responsável por grande parte da redução dos índices de cárie no Brasil, evidenciando-se a necessidade de sua manutenção e ampliação, porém há a necessidade de maior vigilância das concentrações, visando a manutenção de doses efetivas e redução dos riscos.

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