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COMPLICAÇÕES TRANS-ANESTÉSICAS SUGESTIVAS DE SÍNDROME DO NÓ DOENTE EM CÃO DA RAÇA SCHNAUZER
Rayana Dandara Padilha Nath, Ana Luiza Da Cunha Bade, Viviane Pinto

Última alteração: 25-11-2022

Resumo


Compreende-se por síndrome do nó doente uma série de alterações elétricas em cães que podem resultar em alterações rítmicas, geralmente secundárias a alterações de automaticidade, disfunção de células marca-passo ou até mesmo distúrbios de condução do nó sinoatrial. O objetivo deste trabalho é relatar eventos sugestivos de doença do nó doente de uma paciente canina, 10 anos de idade, raça Schnauzer, que foi encaminhada para o setor cirúrgico para exérese de lipomas. No exame de ecocardiograma observaram-se alterações sugestivas de cardiomiopatia dilatada em estágio inicial. Na avaliação física pré- cirúrgica a paciente apresentava-se ansiosa, parâmetros vitais dentro da normalidade e pressão arterial sistólica de 170 mmHg. Como medicação anestésica foi empregado sulfato de morfina na dose de 0,3 mg/kg por via intramuscular, a indução foi realizada com propofol na dose de 3mg/kg

associado com cetamina 1mg/kg por. via intravenosa, em bólus, e mantido em

anestesia volátil com isofluorano no circuito de Bain. Decorridos vinte minutos

do tempo trans-anestésico, foi possível identificar bloqueio atrioventricular Grau II no traçado eletrocardiográfico, concomitante a bradicardia (frequência de 75 bpm); administrou-se sulfato de atropina na dose 0,022mg/kg em bólus intravenoso, ocorrendo a reversão do quadro. Após 40 minutos do tempo anestésico a paciente apresentou episódios de parada sinusal, seguida de escapes juncionais, com ritmo ventricular prematuro e taquicardia, não tendo alterações hemodinâmicas relevantes. Para a correção desses episódios se empregou cloridrato de lidocaína 2%, em bólus de 1mg/kg, seguido de infusão contínua de 1mg/kg/hora durante todo o percurso cirúrgico. A recuperação anestésica foi satisfatória e foi liberada após se apresentar estável. Essas alterações são compatíveis com síndrome do nó doente, e podem ser melhor esclarecidas com emprego de exames como Holter e eletrocardiograma pré-anestésico, conhecendo melhor os riscos anestésicos inerentes a essa patologia.

Palavras-chave: eletrocardiograma; anestesia; complicações.


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