Portal de Eventos da ULBRA., XIII FÓRUM DE PESQUISA CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA (Canoas)

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UTILIZAÇÃO DE BENZODIAZEPÍNICOS NA IMPLANTODONTIA
Rodrigo Steigleder da Costa, Daniele Susana Volkart Sidegum, Paulo Eduardo Kreisner

Última alteração: 07-01-2014

Resumo


A ansiedade e o medo em relação aos procedimentos cirúrgicos e odontológicos podem ser um obstáculo para a manutenção da saúde oral. Em relação ao tratamento odontológico, tais sentimentos podem proporcionar aos pacientes diferentes respostas fisiológicas, comportamentais, motoras e cognitivas A sensação dolorosa é difícil de ser controlada, pois seu limiar está diminuído, podendo desencadear o estresse. Vários meios estão disponíveis para controlar a ansiedade durante a visita ao dentista, existem os meios farmacológicos e os não farmacológicos. Fazendo uso desses meios o cirurgião-dentista aumenta o limiar de dor do paciente, além de, prevenir desmaios, aumento da pressão arterial, glicemia, dentre outras. Os benzodiazepínicos (BZD) foram introduzidos na terapêutica medicamentosa há mais de 40 anos e constituem a classe de medicamentos mais prescrita no mundo, e atualmente são os fármacos de primeira escolha para o controle da ansiedade devido sua eficácia e segurança clínica. O objetivo do presente trabalho foi realizar uma revisão de literatura sobre a utilização dos benzodiazepínicos na implantodontia, apresentando seus principais riscos e benefícios. O estudo foi realizado através da revisão de literatura nas seguintes bases de dados: Medline, Pubmed e Lilacs. Segundo a bibliografia os ansiolíticos são medicamentos que têm como objetivo a redução da ansiedade entre os representantes dos BZD estão: diazepam, lorazepam, alprazolm, midazolam, triazolam dentre outros. Em odontologia, estes medicamentos são indicados principalmente para a diminuição da ansiedade do paciente. Cada membro classe de benzodiazepínicos tem diferentes propriedades, sendo que um exemplo é a solubilidade lipídica onde cada componente possuirá diferente impacto na sua absorção, distribuição nos compartimentos teciduais, metabolismo e excreção. Entre as vantagens do uso dos ansiolíticos está a prevenção das emergências médicas em consultório odontológico, desde as mais brandas, como a lipotímia até as mais complexas como angina pectoris e crise hipertensiva, pois está bem estabelecido que a incidência de quadros emergenciais é muito maior em pacientes com ansiedade mal controlada. Os BZD possuem uma pequena incidência de efeitos adversos e toxicidade, especialmente em tratamentos de curta duração, como é o caso do uso em odontologia, Entre os principais efeitos adversos, podemos citar: sonolência, sedação excessiva, perturbação da coordenação motora, confusão e perda transitória de memória. Embora para a maioria dos pacientes esses sintomas sejam leves, estes devem ser alertados para não realizarem tarefas que gerem riscos como, por exemplo, dirigir ou operar máquinas. Com este trabalho podemos concluir que os BZD são frequentemente utilizados como medicação pré-operatória em procedimentos de implantodontia, sendo eficazes no controle da ansiedade dos pacientes, porém o cirurgião dentista deve sempre levar em conta os riscos e benefícios da sua utilização.


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