Portal de Eventos da ULBRA., XIII FÓRUM DE PESQUISA CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA (Canoas)

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CARACTERÍSTCAS RELACIONADAS AO AUTOCUIDADO DE USUÁRIOS DIABÉTICOS: possibilidades para a educação em saúde na saúde da família
Juliana Aparecida Marchiori Lara, Anelise Schell Almeida

Última alteração: 07-01-2014

Resumo


O diabetes mellitus (DM) é um tema de grande relevância, que afeta milhares de pessoas no mundo todo e configura-se em um importante problema de saúde publica, em razão do seu potencial de acarretar danos ao paciente acometido, transtornos à família e alto custo social e econômico a toda sociedade, pois se relaciona diretamente à maior morbimortalidade e à perda de qualidade de vida dessa população. Nesse grupo, o autocuidado deve ser estimulado e as intervenções educativas desenvolvidas visando a uma maior adesão às medidas terapêuticas. A partir desse entendimento, desenhou-se um estudo descritivo, do tipo transversal, de abordagem quantitativa, com o objetivo de analisar o perfil socioeconômico e os fatores relacionados ao autocuidado em portadores de diabete melito, em um município do interior do RS. A população foi composta por 80 sujeitos diabéticos atendidos na estratégia de saúde da família (ESF) e cadastrados no Hiperdia. As informações foram coletadas por meio de um questionário. Os dados foram armazenados e analisados utilizando-se o programa SPSS. Os resultados revelam que a maioria era do sexo feminino (66,3%), com idade média de 62,66 + 14,28 anos; renda mensal de um salário mínimo (53,8%); possuía o ensino fundamental incompleto (92,5%) e a maior parte (56,3%) não participa do grupo de diabéticos da unidade de saúde. Encontrou-se que 75,0% não praticam atividade física regular e que daqueles que praticavam somente 15,0% foi orientado por um educador físico. A minoria (28,75%) fazia uso diário de insulina, sendo que a maior parte deles utilizava a porta da geladeira como local de armazenamento da medicação (73,90%). A hipertensão arterial foi à principal comorbidade encontrada (83,8%). Constatou-se que uma grande proporção estava acima do peso (32,5%) ou era obeso (46,3%), bem como, apresentava relação cintura-quadril alta (28,75%) ou muito alta (55,0%), evidenciando um alto ou muito alto risco cardiovascular. A partir dos dados encontrados, torna-se possível conduzir reflexões e análises, com vistas a uma melhor compreensão da situação atual, que seria o ponto de partida para as adequações entendidas como cabíveis, comprometendo a todos os envolvidos na direção da implementação de renovadas medidas educacionais e intervenções clínicas ou sociais, buscando a prevenção e o controle do DM e suas comorbidades, retardando danos e complicações potenciais. Nesse contexto, ganha relevância a equipe da ESF, que será mais atuante quanto maior for seu vínculo comunitário. Ela deve buscar delinear suas dificuldades e limitações, com o suporte no núcleo de apoio, quando necessário, para traçar as ações cuidativas ou educativas direcionadas ao enfrentamento dos problemas encontrados. Desse modo, faz-se necessário ampliar as estratégias voltadas a esta população, por intermédio de orientações e intervenções desenvolvidas de modo contextualizado às possibilidades e às necessidades da realidade vivida.


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