Portal de Eventos da ULBRA., XIII FÓRUM DE PESQUISA CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA (Canoas)

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O ENSINO POR COMPETÊNCIAS: UMA VISÃO ATUAL DESSA PRÁXIS PEDAGÓGICA NO AMBIENTE ESCOLAR.
Carlos Regus

Última alteração: 07-01-2014

Resumo


Algum tempo atrás, ao receber uma nova função docente, deparei-me com o termo educação por competências. A partir de então, iniciei a leitura de textos e livros que versavam sobre o assunto. No campo educativo é comum surgirem ideias, propostas pedagógicas, projetos de ensino, aplicação de teorias, etc. Entretanto, sabemos que todos esses substantivos, isoladamente, não melhoram em nada o ensino. Apenas limitam-se ao trato da forma do ensino. Aquilo que deve ser entendido como educação (educação integral) deixa a desejar. A adoção, então, de um modelo de ensino por competências visa à difusão de uma formação integral do indivíduo e não apenas a uma melhoria das propostas já existentes. Seu surgimento está relacionado com a necessidade de substituir formas ultrapassadas de ensino, que acarretam dificuldade de aplicação dos conceitos na vida real.  Entretanto, a tal educação por competências não parece ser muito praticada no universo escolar brasileiro, principalmente quando tratamos de educação pública. Os motivos dessa ocorrência são objetos de estudo de educadores. Em textos que versam sobre conceitos da educação contemporânea, é bastante comum encontrarmos o uso dos termos competências e habilidades. Mas o que isso significa? Segundo LUFT (2001, p. 182 e 364), “competência é a qualidade de quem é capaz de apreciar e resolver certo assunto, fazer determinada coisa; capacidade, habilidade, aptidão” e “habilidade é qualidade daquele que é hábil; capaz; inteligente.” Pesquisadores da contemporaneidade afirmam que, as transformações atuais pelas quais passa a sociedade estão criando uma nova cultura, além de estarem modificando as formas de produção e apropriação dos saberes. Em virtude disso, competências e habilidades ganharam destaque nos debates atuais, pois fazem referências simultâneas ao cotidiano social e educacional. Assim, se procurarmos uma colocação mais direta para o termo competência dentre as várias acepções da palavra, é mais lógico dizer que o conceito de competência está relacionado à capacidade de um sujeito bem realizar uma tarefa, ou seja, de resolver uma situação complexa. Para isso, o sujeito deverá possuir todos os meios necessários para serem mobilizados com vistas a resolver a situação-problema. A habilidade seria a capacidade que um sujeito possui em dada área da parte cognitiva, afetiva ou psicomotora. Essa habilidade pode ter uma origem inata, ou seja, nasceu com o indivíduo, ou pode ser desenvolvida por treinamentos ou processos educativos. Assim, surge a indagação: o que seria, então, educar por competências? Ora, educar por competências é, então, ajudar o sujeito a adquirir e desenvolver as condições, habilidades e/ou recursos, que deverão ser mobilizados para resolver dada situação-problema. De forma prática, o aluno, ao invés de decorar conteúdos, passará a exercitar habilidades e, através delas, a adquirir grandes competências. Ou seja: o aluno desenvolverá habilidades com os conteúdos de um currículo escolar.


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