Portal de Eventos da ULBRA., XIV FÓRUM DE PESQUISA CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA (Canoas)

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EFEITOS DA PRÉ-TEMPORADA NA COMPOSIÇÃO CORPORAL DE JOGADORES DE FUTEBOL PROFISSIONAL
Osvaldo Donizete Siqueira, Marcelo Cardoso, Luiz Antonio Crescente, José Geraldo Damico, Luis Fernando Stein

Última alteração: 22-10-2014

Resumo


O futebol caracteriza-se por ser um esporte intermitente, com constantes mudanças de intensidade. Um fator importante que pode influenciar de maneira negativa o rendimento de um atleta é a composição corporal. O presente estudo teve por objetivo descrever e comparar por posição a composição corporal de uma equipe de futebol profissional da cidade de Porto Alegre/RS, após um mesociclo de treinamento. Foram avaliados 26 atletas masculinos, com idades entre 19 e 30 anos, que atuam em um clube de futebol da primeira divisão do futebol gaúcho e estavam em início de pré-temporada. Foram realizadas duas avaliações com um intervalo de 35 dias entre elas. Os atletas agrupados em goleiros (GO), laterais (LA), zagueiros (ZA), meio-campistas (MC) e atacantes (AT). Foi avaliada a massa corporal total e a composição corporal determinada através do protocolo de Faulkner (1968) mensurando quatro dobras (subescapular, tricipital, suprailíaca e abdominal) e dois diâmetros biestilóide e biepicondiliano do fêmur. O perfil, descrito com valores de médias e desvios padrão e nas análises comparativas adotamos os testes estatísticos: T Student pareado entre as avaliações realizadas e a ANOVA One-Way, com Post-Hoc de Tukey na comparação entre as posições em cada avaliação. O nível de significância adotado foi de 0,05, utilizado o software o SPSS V.20 nas análises. Os resultados encontrados foram: Avaliação 1: 82,10 ± 11,73 massa corporal, 13,58 ± 3,93 % de gordura e 46,53 ± 2,99 % de massa muscular; Avaliação 2: 81,27 ± 10,73 massa corporal, 11,82 ± 2,32 % de gordura e 48,05 ± 1,66 % de massa muscular. Ao compararmos os índices médios de massa corporal total, percentagens de gordura corporal e da massa muscular por posição funcional do jogador na primeira e segunda avaliação, não encontramos diferenças significativas (p > 0,05). Encontramos uma redução na massa corporal e no % de gordura e um aumento significativo no % de massa muscular da 1° para 2° dos jogadores das posições: atacantes: t(-2,882); df=5; p = 0,034); laterais: t(-7,746); df=3; p = 0,004); meio campo: t(2,750); df=6; p = 0,033). Concluímos que mesmo em um curto período de investigação, os atletas apresentaram resultados satisfatórios em relação à composição corporal. Ocorreu a diminuição da massa corporal e percentual de gordura, aumentando assim o percentual de massa magra, importante para o rendimento do atleta.