Portal de Eventos da ULBRA., XIV FÓRUM DE PESQUISA CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA (Canoas)

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Protocolos de tratamento para Fibro Edema Gelóide (FEG) utilizando a associação de Ultrassom com Vacuoterapia
Marilyn Carnaval, Raphaella Job, Daniella Monego, Livia Filla Nunes

Última alteração: 22-10-2014

Resumo


O FEG é uma patologia estética com altíssima prevalência em mulheres, sendo então alvo de reclamações constantes e o seu tratamento é um dos mais procurados. O objetivo da pesquisa é verificar associação do ultrassom e da vacuoterapia no tratamento da FEG, através de revisão bibliográfica, bem como relacionar os efeitos fisiológicos das técnicas com tal fisiopatologia. Utilizou-se a Base de Dados EBSCO inserindo os descritores  celulite, tecido adiposo, terapia por ultrassom. Além disso, foram utilizados documentos do acervo pessoal das pesquisadoras. A FEG é uma alteração da pele que ocorre sobre praticamente toda região do corpo sendo a região de membros inferiores, quadril, e abdômen as mais acometidas. Tornando a aparência da pele como uma “casca laranja”. É um distúrbio  metabólico localizado no tecido subcutâneo que  provoca uma alteração na forma do corpo feminino.  Distúrbios hormonais são os principais causadores do FEG, (estrógeno é o principal envolvido) e é responsável pelo agravamento de tal afecção, pois gera alterações nos fibroblastos e glicosaminoglicanas, favorecendo sua hiperpolimerização e consequente maior hidrofilia, aumentando a pressão osmótica intersticial, seguida de polimerização da substância fundamental que, infiltrando-se nas tramas, produz uma reação fibrótica consecutiva.  A vacuoterapia é uma técnica que utiliza os princípios da pressoterapia, porém com uma pressão negativa e, em alguns casos, com roletes associados, exercendo uma pressão positiva; destina-se ao incremento circulatório linfático e venoso. O uso do vácuo em quadros de FEG justifica-se, pois nesta fisiopatologia ocorre alteração do colágeno, que favorece a formação de fibroses nos septos conjuntivos interlobulares; e tal técnica melhora a maleabilidade do tecido. Conceitualmente, podemos dizer que a técnica de ultrassom consiste na emissão de ondas sonoras (vibração mecânica), emitidas em frequências não audíveis para o ser humano. Tendo em vista que as patologias estéticas atingem tecidos superficiais como a pele, predominantemente o tecido conjuntivo (derme) e também o tecido subcutâneo, recomenda-se o uso de 3 MHz e emissão continua, exceto se existir alguma circunstância que contra indique a aplicação de calor. Em geral, para o tratamento da mesma recomenda-se iniciar com doses baixas e aumentar a intensidade progressivamente. As técnicas analisadas neste artigo podem ser utilizadas de forma isolada, mas seus efeitos fisiológicos são compatíveis quando associados: o ultrassom promove a flexibilidade das fibroses (tecidos ricos em colágeno), a partir do seu efeito tixotrópico, enquanto que a vacuoterapia remodela o tecido. Então, de maneira associada, estas duas técnicas favorecem a melhora do estado patológico do tecido e consequentemente, há também uma melhora do seu aspecto.

 


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