Portal de Eventos da ULBRA., XIV FÓRUM DE PESQUISA CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA (Canoas)

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RELATO DE CASO: TRAUMA ABDOMINAL CONTUSO ASSOCIADO À PSEUDOANEURISMA DE ARTÉRIA ESPLÊNICA
Andreza Mariane de Azeredo, Ardala Kronhardt, Carolina da Silva Mengue, Natália Fehlauer Cappellari, Claudio Galeano Zettler

Última alteração: 22-10-2014

Resumo


O baço é o órgão mais acometido em trauma abdominal contuso. A formação do pseudoaneurisma de artéria esplênica está associada à história de trauma abdominal fechado. Com esta pesquisa objetivou-se destacar a importância do reconhecimento precoce da instabilidade hemodinâmica para indicar o manejo adequado.  Paciente masculino, 44 anos, encaminhado ao serviço hospitalar de urgência por trauma contuso em região de hipocôndrio esquerdo há 7 dias. Permaneceu durante os 7 dias em tratamento conservador, pois estava estável hemodinamicamente e não havia líquido livre em cavidade abdominal por ecografia e/ou alteração nos níveis hematimétricos. Ao exame físico, apresentava mucosas coradas, abdômen inocente, sem peritonismo, ruídos hidroaéreos presentes. Realizou-se tomografia computadorizada de abdômen que observou-se pseudoaneurisma de artéria esplênica, com pequeno hematoma no baço, sem líquido livre. O paciente recebe alta com recomendação de repouso relativo. Retorna em 3 dias ao serviço de urgência por instabilidade hemodinâmica. Ao exame físico, apresenta palidez, hipotensão arterial, diminuição dos ruídos hidroaéreos, dor à palpação superficial do abdômen, com defesa involuntária a palpação. A ultrassonografia realizada em caráter de urgência demonstrou líquido livre na cavidade abdominal. O paciente foi submetido à laparotomia exploradora com realização de esplenectomia total e lavagem exaustiva da cavidade abdominal. Durante o procedimento cirúrgico realizou reposição volêmica com ringer lactato e 2 bolsas de concentrado de hemácias. Permaneceu internado por 8 dias, em repouso relativo, apresentando melhora clínica e estabilidade hemodinâmica. Pode-se concluir que embora seja pouco frequente, o pseudoaneurisma de artéria esplênica é muito temido.  A principal complicação desta entidade clínica é a ruptura, na qual necessita de manejo cirúrgico de urgência. Ao longo dos tempos, está acontecendo uma mudança no manejo das lesões esplênicas traumáticas: passando de uma terapia de esplenectomia total para grande parte dos pacientes com trauma abdominal, como era visto no passado, para a tendência atual de terapia conservadora.

 

 


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