Portal de Eventos da ULBRA., XIX FÓRUM DE PESQUISA CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA (CANOAS)

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INTEGRANDO SABERES NA EDUCAÇÃO: INTERDISCIPLINARIDADE, MÉTODOS MISTOS DE PESQUISA E SANEAMENTO BÁSICO
Lígia Ávila de Brites, Mariana Mostardeiro de Aguiar, Rossano André Dal-Farra

Última alteração: 10-09-2019

Resumo


Emergem na atualidade assuntos relacionados aos aspectos ambientais, entre eles questões voltadas aos serviços essenciais à população, como o saneamento básico. A falta deste serviço impacta diretamente na qualidade de vida, ocasionando doenças, tais como as de veiculação hídrica, além de degradação ambiental, principalmente na população de baixa renda. O saneamento básico, conforme a legislação vigente, garante sua universalização de acesso e compreende o abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza urbana e manejo dos resíduos sólidos, drenagem urbana e manejo de águas pluviais (BRASIL, 2007)[1]. O objetivo do presente trabalho consiste em analisar as percepções de estudantes do 3º ano do ensino médio sobre a importância do saneamento básico. O estudo foi realizado com 141 estudantes do 3º ano do ensino médio - diurno e noturno - de uma escola pública de Estância Velha/RS em 2018. Para o presente trabalho foi analisada a seguinte questão: Qual a importância do saneamento básico? As respostas foram avaliadas a partir da Análise de Conteúdo (BARDIN, 2011)[2]. Observa-se que os estudantes apresentaram um olhar predominantemente voltado às questões sociais, especialmente saúde e qualidade de vida. Ainda, de forma menos abrangente, questões ambientais e os âmbitos do saneamento emergiram nas respostas dos alunos. Quando observadas as questões sociais, as percepções dos estudantes apontam uma preocupação em relação à saúde da população, sendo os índices de saneamento relevantes para a sua preservação. A saúde foi apontada por 54,6% no diurno e 34,1% no noturno. Segundo alunos do diurno (14,4%) o saneamento influi na qualidade de vida da população. Entretanto, observa-se um distanciamento na avaliação dos estudantes do noturno, já que penas 4,5% concordam com a afirmativa. Cabe salientar que agentes etiológicos e vetores também foram mencionados por 3,1% (diurno) e 4,5% (noturno) dos alunos. A falta ou inadequação de saneamento básico causa problemas ambientais e prejuízos à saúde da população decorrentes da proliferação de vetores e agentes patogênicos (SIQUEIRA et al, 2017)[3]. Os estudantes também mencionaram a relevância do saneamento básico para a preservação ambiental tanto no diurno (16,5%) quanto no noturno (22,7%). Ressalta-se que a realização de pesquisas que abordem o significado do saneamento na população são imprescindíveis para compreender as dificuldades de implantação de programas desta natureza e promover a participação da população nestes processos vitais na vida contemporânea voltados para a preservação do ambiente natural e a sua relação com a saúde e qualidade de vida da população (BRASIL, 1999)[4].


[1] BRASIL. Lei nº 11.445, de 05 de janeiro de 2007. Estabelece diretrizes nacionais para o saneamento básico. Disponível em:<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato20072010/2007/lei/l11445.htm>. Acessado em: 19 maio 2019.

[2] BARDIN, L. Análise de conteúdo. São Paulo: Edições 70, 2011.

[3] SIQUEIRA, M. S. et al. Internações por doenças relacionadas ao saneamento ambiental inadequado na rede pública de saúde da região metropolitana de Porto Alegre, Rio Grande do Sul, 2010-2014. Revista Epidemiologia e Serviços de Saúde. v. 26, n. 4, p. 795-806, Brasília, out./dez. 2017. Disponível em: <http://scielo.iec.gov.br/pdf/ess/v26n4/2237-9622ess-26-04-00795.pdf>. Acessado em: 19 maio 2019.

[4] BRASIL. Lei nº 9.795, de 27 de abril 1999. Institui Política Nacional de Educação Ambiental. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9795.htm>. Acessado em: 19 maio 2019.


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