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ANESTESIA EPIDURAL LOMBOSSACRA EM CADELA SUBMETIDA A AMPUTAÇÃO DE MEMBRO PÉLVICO - RELATO DE CASO
Taiane Portella Canals de Souza, Wendel Dietze, André Felipe Breda Andrade Costa, Samuel Jorge Ronchi, Felipe Comassetto, Nilson Oleskovicz

Última alteração: 10-09-2019

Resumo


Palavras-chaves: Controle da dor; Analgesia; Via epidural; Anestesiologia veterinária.

Introdução

A anestesia epidural consiste na administração de anestésico local e analgésico, pela via epidural, para impedir dor¹, proporcionando anestesia e analgesia eficazes para procedimentos em membros pélvicos, pelve, períneo, abdômen e cauda². Os fármacos ideais devem promover analgesia ou anestesia, mínimo bloqueio motor e efeitos sistêmicos, além de rápida recuperação³.

Objetivo

Relatar um procedimento anestésico em uma cadela submetida a amputação de membro pélvico, utilizando anestesia local epidural lombossacra.

Material e Métodos

Uma cadela, sem raça definida, com 6 anos e pesando 9,8 kg, com histórico de tumor maligno em membro pélvico direito, foi submetida a anestesia total intravenosa (TIVA) para amputação do membro acometido. Realizou-se exames pré-cirúrgicos, os quais não apresentaram alterações significativas. Na medicação pré anestésica (MPA) utilizou-se acrepromazina (0,03 mg/kg - IM) e metadona (0,5mg/kg - IM) e após 15 minutos foi realizado acesso venoso. Induziu-se com cetamina (1mg/Kg - IV) e posteriormente propofol (4mg/kg - IV), para intubação orotraqueal e posterior oxigenoterapia (1 litro/minuto), através do sistema semi-fechado. A manutenção da anestesia foi feita com infusão contínua de propofol, na taxa de 0,2 a 0,3 mg/kg/min, conforme plano anestésico. Posteriormente, realizou-se a técnica de anestesia epidural lombossacra, com bupivacaína (0,26 ml/Kg) e morfina (0,1 mg/kg). A fluidoterapia na taxa de 5ml/kg/h, por via intravenosa, foi realizada durante o procedimento com NaCl 0,9%. A monitoração trans anestésica foi feita com oximetria de pulso, capnografia e doppler. Durante a anestesia o animal apresentou hipotensão, utilizando bolus de solução salina (20 ml/kg em 15 minutos) o qual não foi responsivo, necessitando de norepinefrina (0,1 – 0,4 µg/kg/min) IV. Além disto, o paciente apresentou bradicardia, utilizando atropina (0,044 mg/kg) IV. Após o término do procedimento a paciente já apresentava pressão sistólica de 90, e logo em seguida a suspensão da TIVA extubou e ficou alerta.

Conclusões finais

Na técnica de anestesia epidural, o posicionamento correto da agulha pode ser confirmado principalmente através da perda de resistência na aplicação do líquido e da gota em suspensão. A associação de anestésicos locais e opioides resulta em ação anestésica rápida e analgesia eficaz4. Essa combinação melhora a qualidade, diminui os efeitos colaterais e aumenta o alcance do bloqueio5. Em contra partida, algumas complicações podem ocorrer, como a hipotensão e bradicardia, devido a um bloqueio simpático. Porém, podem ser revertidos com o uso de vasopressores e anticolinérgicos².


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