Portal de Eventos da ULBRA., XVII FÓRUM DE PESQUISA CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA

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OSTEOSSÍNTESE DE ÚMERO EM FELINO
Jéssica Tomio, Paulo Roberto Goi Filho, Wendel Dietze, Gisele Barcelos Seberino, Andressa Raquel Irgang dos Santos

Última alteração: 04-09-2017

Resumo


Introdução

Fraturas ocorrem quando a tensão em um osso é superior à flexibilidade, produzindo uma descontinuidade óssea completa ou incompleta, podendo ser caracterizada em exposta, quando o osso fica em contato com o meio ambiente, ou fechada, quando se parte sem romper a pele (HARARI et al., 1998). Relata-se o caso de um felino com fratura múltipla oblíqua diafisária umeral submetido a osteossíntese de úmero.

Metologia

A incisão de pele e subcutâneo foi realizada na região lateral da articulação úmero-rádio-ulnar, expondo os músculos tríceps e braquial. O fragmento foi fixado em seu eixo anatômico normal com auxílio de pinças espanholas e autocetrantes. Introduziu-se dois pinos de Kirscher 1,5 no canal intramedular de forma retrógrada, alinhando os fragmentos. Para auxiliar na fixação dos fragmentos foram utilizados três fios de cerclagem 0,4, com distância de 1,5cm entre ambos. Após o alinhamento e estabilização, procedeu-se a síntese subcutânea com fio categute 2.0 em padrão de sutura de Sultan e contínuo simples, e a pele com fio de náilon 3,0 em pontos interrompidos simples. Após a alta, recomendou-se repouso de 30 dias e reavaliação radiográfica.

Revisão de Literatura

O tratamento conservador não é indicado em fraturas umerais, pois a região não permite a neutralização de uma articulação acima e uma abaixo do foco da fratura (HULSE, JOHNSON; 2008). Os pinos intramedulares e as placas de compressão interna são os métodos de eleição para redução de fraturas da diáfise umeral (DAVID, 1985). As placas ósseas não apresentam tais problemas, sendo adaptáveis a quase todas as fraturas, mas seu uso exige ampla exposição óssea, o que pode acarretar quebra e perda funcional dos implantes, osteoporose do osso abaixo da placa, irritação e infecções ósseas, além de requerer instrumental específico (PIERMATTEI et al., 2006). Os pinos intramedulares resistem bem às forças de flexão, mas não às demais forças atuantes, sendo mais utilizados em combinação com outros implantes (DALLABRIDA et al., 2005). Com estes busca-se o preenchimento de 60% a 70% do canal medular, evitando sua movimentação, que retarda a cicatrização (EL-WARAK; SCHOSSLER; 1998).

Conclusões

Não existe tratamento aplicável a todos os tipos de fraturas, pois nenhum implante ou método de fixação é perfeito. O felino deste relato obteve cicatrização óssea completa com 45 dias de pós-operatório.

 


Palavras-chave


Fraturas; úmero; felinos; pino intramedular

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