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O envelhecimento populacional é um fenômeno global que tem se intensificado de forma acelerada no Brasil, gerando impactos significativos para a prática da enfermagem. O processo de envelhecimento é algo natural para a condição humana e poder viver este processo de forma saudável e ativa é o desejo de todos, mas também é um direito assegurado pela Lei nº 10.741/2003, que instituiu o Estatuto do Idoso. Este estudo teve como objetivo analisar o impacto do aumento da população idosa sobre a atuação profissional da enfermagem. Trata-se de uma revisão integrativa descritiva e analítica da literatura realizada nas bases LILACS, BDENF e SciELO, entre 2019 e 2024, utilizando descritores relacionados ao envelhecimento humano e à prática de enfermagem. Os resultados evidenciaram que o Brasil apresentou crescimento expressivo da população idosa, estima-se que, em 2050, a população idosa será maior que a população de menores de 15 anos no mundo, o que representa um dos grandes desafios sociais e econômicos para o país com consequentes desafios na estruturação dos serviços de saúde e na necessidade de políticas públicas voltadas à promoção do envelhecimento saudável. As Doenças e agravos não transmissíveis DANTS e as doenças cardiovasculares DCVs são a principal causa de morte em toda a população brasileira, devido, majoritariamente, aos seus diversos fatores de risco, como tabagismo, diabetes, hiperlipidemia, sobrepeso e obesidade. Estimam-se mais de 18 milhões de óbitos no mundo decorrentes dessas doenças. A prevalência das DCVs está diretamente relacionada ao envelhecimento populacional, uma vez que o risco de desenvolver essas condições aumenta com a idade. À medida que a expectativa de vida cresce globalmente, a proporção de pessoas em faixas etárias mais avançadas também aumenta, o que eleva a incidência de DCVs. A enfermagem tem papel essencial na assistência e no desenvolvimento de ações educativas, políticas humanizadas, que assegurem a autonomia, dignidade e qualidade de vida da pessoa idosa. Além disso, observa-se a expansão do empreendedorismo na enfermagem, com a criação de serviços voltados à gerontologia e às Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPIs), ampliando as oportunidades de atuação profissional e contribuindo para o desenvolvimento socioeconômico do país. Conclui-se que a integração entre políticas públicas, qualificação profissional e inovação na enfermagem é essencial para enfrentar os desafios impostos pelo envelhecimento populacional e garantir uma atenção integral e humanizada à população idosa. Palavras-chave: Envelhecimento; Enfermagem; Políticas públicas; População idosa; Empreendedorismo.