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Velocidade da marcha, qualidade de vida e risco de quedas em doentes de Parkinson
Danielle Reck Viana, Carolina Lautert Bellini, Silvia de Souza Vieira, Gabriela Peltz, Henrique Paz da Silva, Daniel Carlos Garlipp

Última alteração: 15-11-2025

Resumo


A Doença de Parkinson (DP) compromete progressivamente a marcha, qualidade de vida (QV) e eleva o risco de quedas. Este estudo transversal objetivou analisar o desempenho da marcha, QV e risco de quedas em pacientes com DP. Nove participantes (71,44±11,58 anos) foram avaliados utilizando a Escala de Hoehn e Yahr modificada (gravidade), o PDQ-39 (QV), o MiniBESTest (equilíbrio e risco de quedas) e o Teste de Caminhada dos 10 metros (TC10MW) em condições livre, máxima e de dupla tarefa. Os resultados revelaram que 66,7% dos participantes apresentavam alto risco de quedas, e 22,2% possuíam comprometimento grave da DP. A velocidade da marcha foi significativamente maior (p<0,05) na condição máxima (1,30 m/s), seguida pela livre (0,90 m/s) e dupla tarefa (0,80 m/s). Identificou-se correlação negativa e significativa (p<0,05) entre a idade e a velocidade da marcha nas condições livre e máxima, além de uma forte associação entre o grau de comprometimento motor e o risco de quedas (p=0,033). A QV média foi classificada como aceitável, mas não se correlacionou com as demais variáveis (p>0,05). Conclui-se que o grau de comprometimento motor na DP está intrinsecamente ligado ao risco de quedas, e a idade influencia negativamente a velocidade da marcha, especialmente em situações de dupla tarefa, evidenciando a vulnerabilidade motora e cognitiva. A principal limitação do estudo reside na amostra reduzida (n=9), o que requer cautela na generalização dos resultados e sugere a necessidade de estudos futuros com maior número de participantes para validação e aprofundamento desses achados.


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