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ATENDIMENTO PSICOLÓGICO, VÍNCULO CONSTRUÍDO E ADESÃO AO TRATAMENTO MEDICAMENTOSO DE PACIENTES ACOMPANHADOS NO SERVIÇO DE ATENDIMENTO ESPECIALIZADO (SAE) DO MUNICÍPIO DE GUAÍBA/RS: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Sra. Dias Lessa, Sra. Russi Fiorini, Sra. Moura Martins, Sra. Martins Neves

Última alteração: 19-11-2025

Resumo


O cuidado às pessoas que vivem com HIV requer uma abordagem integral que contemple dimensões biopsicossociais. A adesão ao tratamento antirretroviral (TARV) e o vínculo com os serviços de saúde são fatores determinantes para a qualidade de vida e a continuidade terapêutica. O objetivo deste estudo é descrever os aspectos clínicos e psicossociais de pacientes com HIV,  a partir do relato de experiência de estagiárias do Serviço de Psicologia Comunitária da ULBRA Campus Guaíba, que que atuam na Unidade de Atendimento Especializado (SAE) do município de Guaíba/RS. Foram observadas variáveis relacionadas ao gênero, faixa etária, forma de contaminação, adesão ao tratamento, vínculo com a rede de saúde, manifestações emocionais e fatores transgeracionais ao longo dos atendimentos. Identificou-se a predominância do gênero feminino, com a principal forma de contaminação pela relação sexual desprotegida, seguida da transmissão vertical e outras causas menos recorrentes. A transgeracionalidade expressou-se tanto pela transmissão vertical quanto pela repetição de padrões familiares marcados por vulnerabilidade emocional e violência. Em relação à adesão à TARV, a maior parte dos pacientes apresentou boa ou ótima adesão. Nos casos em que houve acompanhamento psicológico, verificou-se a importante conexão com o vínculo dos pacientes com outras equipes multiprofissionais, reforçando a importância do trabalho em rede na capacidade de ressignificar o adoecimento, o controle de vícios, a reconstrução de vínculos afetivos e a espiritualidade como suporte emocional. As principais queixas emocionais envolveram sintomas de ansiedade, depressão, distúrbios do sono e esgotamento emocional. Conclui-se que a adesão terapêutica e o vínculo com os serviços de saúde configuram-se como elementos centrais na promoção da qualidade de vida. A espiritualidade e o acompanhamento psicológico emergem como fatores de fortalecimento subjetivo e suporte essencial à adesão terapêutica, reforçando a relevância da escuta qualificada e da atuação interdisciplinar no cuidado às pessoas que vivem com HIV.



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