Portal de Eventos da ULBRA., XXIV SALÃO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA

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AVALIAÇÃO DO ZOLEDRONATO E DE COMPOSTOS BIOATIVOS EM CÉLULAS-TRONCO MESENQUIMAIS EXTRAÍDAS DE DENTES DECÍDUOS.
Rafaela Hartmann Kasper, Gabriela Moraes Machado, Audrey Oliveira Rutkoski, Vithória Ongaratto Vencato, Caren Serra Bavaresco

Última alteração: 06-09-2018

Resumo


A osteonecrose da mandíbula é uma complicação clínica frequentemente relatada em pacientes medicados com bisfosfonatos (como zoledronato - ZOL) para patologias ósseas. No entanto, sua patogênese ainda não é totalmente compreendida e não existe um protocolo efetivo para a prevenção da osteonecrose. O uso de compostos bioativos tem sido uma estratégia promissora utilizada na regeneração de tecidos perdidos. Sendo assim, o principal objetivo do estudo foi avaliar, nas células-tronco mesenquimais (CTMs), a viabilidade celular após o tratamento com ZOL e com compostos bioativos. As CTMs foram tratadas com ZOL em diferentes concentrações (2,5, 5 ou 10 μM por 1 dia e 1, 3, 5 ou 10 μM por 4 dias). Outras CTMs foram tratadas com compostos bioativos como o ácido ascórbico-2 fosfato (ASAP) (172 μM), fluoreto de sódio (NaF) (50 μM) e glicina (10 μM) por 4 dias. Além disso, o composto bioativo que apresentou a melhor viabilidade celular teve seu potencial citoprotetor testado, tratando juntamente as CTMs com ZOL e o composto bioativo selecionado. A avaliação da viabilidade foi realizada através do teste (brometo de 3- (4,5-dimetiltiazol-2-il) -2,5-difeniltetrazólio) (MTT) após os tratamentos. Os resultados das células tratadas com ZOL não apresentaram diferença estatisticamente significante em todas as concentrações no período de 1 dia (F (3,49) = 0,587; p = 0,63). Os resultados do desvio padrão (DP), relacionados à viabilidade celular após 1 dia de tratamento com ZOL foram: 0,279 ± 0,046 para o grupo controle, 0,297 ± 0,040 para os 2,5 μM, 0,244 ± 0,038 para os 5 μM e 0,292 ± 0,028 para os 10 μM. Após 4 dias, houve uma diferença estatisticamente significativa em todas as concentrações em relação ao controle; os resultados da absorbância média ± DP foram: 0,336 ± 0,045 para o grupo controle, 0,224 ± 0,029 para o 1 μM (p <0,01), 0,212 ± 0,012 para o 3 μM (p <0,01), 0,188 ± 0,057 para os 5 μM (p <0,01) e 0,084 ± 0,026 para o 10 μM (p <0,01). Entre os compostos bioativos, o ASAP foi o único que aumentou significativamente a viabilidade das CTMs. A glicina diminuiu a viabilidade celular. Após 4 dias, a absorbância média ± DP foi: 0,396 ± 0,050 para o controle, 0,461 ± 0,039 para o ASAP (p <0,05), 0,360 ± 0,039 para o NaF (p = ns) e 0,332 ± 0,025 para a glicina (<0,01). As células tratadas com ASAP foram estatisticamente diferentes das tratadas por glicina e NaF (ps <0,01). No entanto, embora apenas o ASAP tenha aumentado a viabilidade celular, quando associado ao ZOL, demonstrou um aumento da absorbância, mas não demonstrou a característica citoprotetora na concentração utilizada, sendo 0,188 ± 0,057 a absorbância média ± DP para células tratadas com 5 μM de ZOL e 0,233 ± 0,053 para 5 μM de ZOL + ASAP (p> 0,05).  Além disso, sugere-se que o ácido ascórbico seja um composto bioativo promissor para a regeneração tecidual, embora na concentração estudada não proteja contra a citotoxicidade do fármaco estudado.


Palavras-chave


células- tronco mesenquimais, bifosfonatos, osteonecrose, compostos bioativos

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