Portal de Eventos da ULBRA., XIX SALÃO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA

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RESTAURAÇÃO ECOLÓGICA DE ÁREA PRIVADA NO MUNICÍPIO DE CACHOEIRINHA, RIO GRANDE DO SUL, BRASIL
Viviane Boni Signori, Carla Josiane Terres, Andressa Manica Gandini, Eduardo da Silva Caldas, Izidoro Sarmento do Amaral, Diego Marques Henriques Jung

Última alteração: 29-10-2013

Resumo


A degradação ambiental é um fator negativo que causa modificação no ambiente, ocasionando prejuízo em seu funcionamento. Alguns aspectos considerados indicativos da degradação ambiental são erosão, diminuição da cobertura vegetal, assoreamento de rios, entre outros. Estando uma área degradada a ponto de não mais conseguir regenerar-se sozinha, é necessária uma intervenção de restauração. A restauração ambiental é uma prática que acelera o processo de recuperação do ambiente, com intuito de que este ambiente volte à sua trajetória histórica natural. Um projeto de restauração está normalmente baseado em um ambiente de referência, devendo ser observados critérios de sucessão ecológica. Foram realizadas duas atividade de restauração no Parque Ambiental da Souza Cruz (PASC), município de Cachoeirinha, RS, com objetivo de reconstituir a área de estudo, fazendo com que esta tenha condições de retomar sua trajetória natural e atinja um clímax condizente com a formação vegetal em que está inserida. O PASC é considerado um refúgio da fauna por estar presente em área urbana. Constitui-se de uma área de 188 hectares onde estão presentes ambientes de reflorestamento, mata nativa e mata ciliar. As atividades foram realizadas nos anos de 2012 e 2013, no período de maio a julho. Consistiram em escolha de mudas de espécies nativas arbóreas, transporte e posterior plantio. A escolha das mudas a serem plantadas baseou-se em estudo bibliográfico e de campo. As mudas foram adquiridas junto aos Hortos florestais Chico Mendes, no município de Cachoeirinha; de Canoas e Municipal de Gravataí. Na primeira campanha foi utilizada apenas a metodologia de nucleação, onde uma espécie climáxica forma o centro do núcleo, com cinco pioneiras ao redor seu redor, com espaçamento de dois metros. A segunda campanha iniciou utilizando-se o mesmo método, entretanto, ao analisar-se o sucesso da campanha anterior, observou-se que as mudas de espécies climáxicas estavam sofrendo devido à exposição ao sol. Considerando este fato, foi utilizado o método de núcleos de pioneiras, onde uma muda foi estabelecida como o centro, circundada por outras cinco. As plantas climáxicas foram então plantadas junto à mata adjacente à área degradada. No ano de 2012 foram plantadas 146 mudas, distribuídas em 22 espécies, 21 gêneros e 15 famílias. Já no ano de 2013 foram plantadas 232 mudas, distribuídas em 34 espécies, 27 gêneros pertencentes a 11 famílias. Após três meses do segundo plantio, foi feita a checagem e constatou-se que nenhuma planta havia morrido, obtendo assim sucesso de 100% neste plantio. Também foi feita a checagem das mudas do ano anterior, observando-se que cerca de 80% das mudas plantadas ainda estavam vivas, embora algumas (climáxicas) estejam sofrendo devido à exposição excessiva ao sol. Desta forma, podemos concluir que este projeto tem grandes chances de chegar aos resultados esperados, contribuindo assim com o reflorestamento do PASC e com a manutenção de suas comunidades.

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