Portal de Eventos da ULBRA., XIX SALÃO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA

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O estrangeiro na corporação do império assírio: A criação das identidades assírias sob o papel do “outro”
Renata Dariva Costa, Débora Correa Marinho, Guilherme Siqueira, Júlia Jacques, Katia Maria Paim Pozzer

Última alteração: 29-10-2013

Resumo


A presente pesquisa é parte integrante do projeto “Guerra e religião – Estudo de textos e de imagens do mundo antigo oriental” em curso, e tem como objetivo compreender as relações entre a religião e os conflitos militares que marcaram a construção do grande império neoassírio na antiguidade através das representações imagéticas das narrativas e dos simbolismos da guerra e da religiosidade dados pela representação imagética nos período de Aššurnazirpal II (883-859 a. C), Sargão II (721-705 a.C), Senaqueribe (705-681 a.C) e Esarhaddon (680-669 a.C.) As campanhas militares na antiguidade buscam legitimar o papel do “outro”, aquele que deve ser conquistado pelas táticas de guerra e pelo poder dos discursos que são descritos por intermédio das narrativas e anais do rei. Os discursos das esferas reais nos mostram a importância da propagação da imagem real, que era legitimada pelos mais diversos meios de comunicação, sendo o principal a arte parietal. Estes meios de comunicação estabeleceram elementos de uma cultura visual que foi amplamente propagada na Mesopotâmia dentro dos palácios e lugares de circulação real e tinham uma forte carga ideológica para a perpetuação do rei e da sua memória, assim como, a sua importância diante de seus súditos. Norteados no trabalho metodológico de Erwin Panofsky, historiador da arte e crítico alemão, buscamos analisar como a arte nos relevos pode nos oferecer informações sobre o mundo assírio. Sua análise é dividida em três categorias: análise pré-iconográfica, análise iconográfica e descrição iconológica. Através dessa metodologia buscamos indagar como as práticas de guerra refletem na construção do “outro”, tanto pelas narrativas reais como nas práticas da deportação que será um elemento crucial para a construção da ideia de um império assírio forte e unificado com a criação de simbolismos identitários e suas alteridades. Apesar do conceito de identidade ser um conceito contemporâneo ligado às construções de nações e de nacionalismos, o que se diferencia no caso do mundo antigo, podemos através da arte parietal distinguir símbolos que são constituídos de signos e que mostram as alteridades entre os povos neoassírios àqueles povos que serão conquistados.

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