Portal de Eventos da ULBRA., XIX SALÃO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA

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Análise dos níveis plasmáticos da proteína glial fibrilar ácida em pacientes com traumatismo crânio encefálico grave
Débora Dreher Nabinger, Ritha de Cássia Cardoso Ferreira, Adilson Boes, Andrea Regner, Daniel Simon

Última alteração: 29-10-2013

Resumo


O traumatismo crânio encefálico (TCE) é uma agressão ao cérebro, causada por uma força física externa, que pode produzir um estado diminuído ou alterado de consciência, resultando em comprometimento das habilidades cognitivas ou do funcionamento físico do cérebro, sendo a principal causa de morte em indivíduos entre 1 a 45 anos. A determinação exata do prognóstico neurológico após o TCE é de grande importância para a instituição de tratamento precoce. Biomarcadores podem fornecer informações para determinar a gravidade da lesão e o prognóstico, principalmente em pacientes com TCE grave. Um desses biomarcadores é a proteína ácida fibrilar glial (GFAP), um potencial biomarcador de lesão cerebral, presente em células da glia do sistema nervoso central (SNC). A GFAP é uma proteína filamentar intermediária monomérica que representa a maior parte do citoesqueleto astroglial e é um marcador altamente específico para patologias do SNC. Além disso, a GFAP é liberada na circulação sanguínea periférica logo após o TCE, e estudos demonstram que os níveis séricos relacionam-se com a gravidade do dano cerebral causado e o seu desfecho. O presente trabalho tem como objetivo investigar os níveis plasmáticos de GFAP em 120 pacientes adultos, vítimas de TCE grave internados em unidades de terapia intensiva do SUS de Porto Alegre e Canoas (RS). Os pacientes envolvidos no estudo permaneceram internados nos seguintes hospitais: Hospital Cristo Redentor de Porto Alegre (HCR, do Grupo Hospitalar Conceição), Hospital de Pronto Socorro de Porto Alegre (HPS) e Hospital de Pronto Socorro Deputado Nelson Marchezan de Canoas (HPSC). O Termo de Consentimento Livre e Esclarecido foi obtido dos parentes próximos das vítimas, devido ao estado de consciência dos pacientes, e o estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Luterana do Brasil. As amostras foram coletadas em EDTA e centrifugadas para obtenção de plasma. Os níveis de GFAP foram determinados utilizando ensaio imunoenzimático (ELISA). Até o presente momento foram analisadas 40 amostras. Nestes pacientes a média dos níveis de GFAP foi de 12,7 ng/mL (amplitude 2,1-32,6 ng/mL). Após a obtenção dos resultados no restante dos pacientes, serão considerados dois desfechos (alta da UTI ou morte) e realizadas comparações entre eles e os níveis de GFAP observados.

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