Portal de Eventos da ULBRA., XVIII SALÃO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA

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Estudo da atividade mutagênica da própolis e do artepelin C através do teste SMART
Luciana Ciarelli Plentz, Carmem Regine Faleiro Rodrigues, Maria Cristine Marcucci, Vicente Rutkoski da Silva, Bianca Regina Ribas de Abreu, Rafael Rodrigues Dihl, Mauricio Lehmann

Última alteração: 24-10-2012

Resumo


A própolis é uma substância resinosa natural sintetizada por abelhas Apis mellifera, composta de uma mistura complexa de substâncias coletadas em vários tipos de plantas. Diversos efeitos biológicos deste composto são descritos na literatura científica. Entre eles destacam-se: anticancerígeno, antiviral, antimicrobiano, anti-inflamatório, antioxidante, anestésico e propriedades farmacológicas. A composição química desse composto depende da influência da flora local e da estação de coleta, que podem interferir nas suas propriedades biológicas, no Brasil já foram caracterizados e identificados diferentes tipos desta substância, entre os quais a própolis verde é o mais estudada. Apesar de apresentar uma grande variação na sua composição química, os diferentes tipos de própolis encontrados na região sudeste e sul do Brasil apresentam o composto polifenólico artepelin C (ácido 3,5-diprenil-4-hidroxicinâmico), que recentemente vem sendo alvo de estudos em relação às suas atividades biológicas. No presente estudo foi investigada a toxicidade genética dos extratos etanólicos da própolis verde, vermelha e marrom e do artepelin C utilizando o teste para detecção de mutação e recombinação somática em Drosophila melanogaster (SMART). O bioensaio SMART foi realizado com larvas de terceiro estágio a partir dos cruzamentos padrão e aprimorado, que apresentam, respectivamente, níveis basais e elevados de enzimas de metabolização do tipo citocromo P450. As análises preliminares realizadas até o momento com o genótipo trans-heterozigoto (mwh/flr3) em dois experimentos diferentes e independentes referem-se apenas à própolis. Os dados mostram que as três amostras analisadas não elevaram a frequência de danos espontâneos no DNA em ambos os cruzamentos, em concentrações que variaram de 0,5 a 7,5 mg/mL, indicando que são destituídos de atividade mutagênica e recombinogênica nas condições do estudo. Os resultados obtidos somam-se às escassas informações referentes à toxicidade genética da própolis, que é amplamente consumida pela população humana.