Portal de Eventos da ULBRA., XVIII SALÃO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA

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Deportações e Pilhagens no Período de Assurbanipal (669-627 a.C)
Débora Corrêa Marinho, Guilherme Machado Siqueira, Katia M. P. Pozzer

Última alteração: 02-09-2013

Resumo


Este trabalho é parte integrante do projeto de Pesquisa Guerra e Religião - Estudo de textos e imagens do mundo antigo oriental. Através das representações imagéticas os assírios expressaram sua ideologia política e marcial, revelando-nos em lajes monumentais o aparato celebrativo de suas conquistas. Esculpindo as pedras de alabastro este povo do oriente exprimiu seus ideais e também o seu imaginário, através da arte parietal nos revelam suas práticas de conquista e de afirmação de poder. Na análise dos relevos do soberano Assurbanipal examinamos a deportação. Neste período da antiguidade esses conjuntos de lajes são os documentos históricos que reverberam estas ações mostrando-nos a força bélica e a dominação política e ideológica empregada pelos assírios. As ações militares empreendidas evidenciam os aspectos de desenraízamento e a aculturação destes povos conquistados, através da análise iconológica da arte parietal. O desejo dos reis assírios de perpetuarem a grandeza foi um fator primordial no desenvolvimento da arte Assíria. A guerra era a principal ocupação dos monarcas, a conquista das cidades fortificadas e a deportação de seus habitantes tornou-se um dos motivos dominantes dos relevos onde a principal mensagem era a glorificação do imperador e a exaltação dos seus feitos. Juntamente com estes expatriados estavam os espólios que faziam parte do saque e da destruição, aplicados durante intensas ações guerreiras que eram utilizadas para manter o exército durante suas expedições e enfraquecer os vencidos que se tornavam o principal trunfo das campanhas militares. As deportações tinham a finalidade de repovoar as cidades que haviam sofrido acentuado declínio populacional devido às guerras e a instalação de novos grupos competentes em técnicas artesanais e de construção promovendo assim o pleno funcionamento da corte. Os espólios intensificaram o comércio de modo que o soldo gerava precedentes permitindo-lhes investimentos nas construções e embelezamento de gigantescos palácios que reafirmavam a grandeza e a suntuosidade do império.