Portal de Eventos da ULBRA., XVIII SALÃO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA

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Desvios Fonéticos e Fonológicos em Escolas do Município de Canoas RS
Helena Theissen, Silvana Maria Brescovici

Última alteração: 23-10-2012

Resumo


A comunicação deve ser vista como parte integrante da saúde da criança, uma vez que sua alteração pode acarretar em prejuízos sociais, emocionais e escolares, podendo influenciar na aquisição da leitura e escrita, prejudicando sua alfabetização. O ambiente escolar é ideal para a atuação primária do fonoaudiólogo (GOULART e CHIARI, 2007), considerando que o público infantil encontra-se neste local, e que é ali que estes passam a maior parte do tempo e os primeiros anos de vida. O objetivo deste estudo foi investigar a frequência dos desvios fonéticos e fonológicos, e suas relações com consciência fonológica e fonoarticulatória. De 101 escolares de 1 ano do ensino fundamental de Canoas (RS) de duas escolas municipais selecionadas por meio de sorteio, 33 apresentaram distúrbios de fala. Destas foram selecionadas as crianças que passaram na triagem auditiva e de linguagem, cujos pais, após consentirem, não relataram no questionário alterações auditivas, neurológicas, síndromes ou que já tivessem realizado tratamento fonoaudiológico e/ou ortodôntico. As 15 crianças que atenderam aos critérios de inclusão, foram submetidas a avaliação da escrita e dos órgãos fonoarticulatórios, Avaliação Fonológica Infantil (Yavas, Hernadorena e Lamprecht, 2002), teste Consciência Fonológica: Instrumento de Avaliação Sequencial (MOOJEN et. al., 2003) e adaptação do instrumento de investigação Consciência Fonoarticulatória (SANTOS, VIEIRA, VIDOR-SOUZA, no prelo). Foram considerados estatisticamente significantes achados com p ≤ 0,05 por meio do teste T-Student. Aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa sob o número 03349612.0.0000.5349. A frequência de distúrbios articulatórios foi de 14,8%, e de 7,9%, 4,9% e 2% para os desvios fonológicos, desvios fonéticos e desvios fonético-fonológico, respectivamente. Não houve diferença entre desvio fonológico e fonético com consciência fonológica. Já com a consciência fonoarticulatória houve diferença (p = 0,047) na tarefa de identificação do gesto fonoarticulatório correspondente ao primeiro som da palavra apresentada oralmente. Entre as escolas houve diferença (p=0,023) no desempenho em consciência fonológica.