Portal de Eventos da ULBRA., XX SALÃO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA

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A ação da Vitamina E na Insuficiência Hepática Aguda Grave induzida por Tioacetamina em ratos Wistar
Mariana do Couto Soares, Norma Possa Marroni, Fabiano Moraes Miguel, Elizangêla Gonçalves Schemitt, Maria Isabel Morgan Martins

Última alteração: 01-06-2015

Resumo


A Insuficiência Hepática Aguda Grave (IHAG) é uma síndrome que leva à deficiência funcional do fígado. A agressão ao parênquima hepático pode ter diferentes etiologias, tais como drogas, vírus e xenobióticos. A tioacetamida (TAA) é um xenobiótico que leva a diferentes graus de lesões hepáticas de acordo com a dose e o tempo de exposição. A superprodução de espécies reativas de oxigênio tem um papel importante na fisiopatologia da IHAG, experimentos utilizando antioxidantes podem ser uma opção para novas terapias. A vitamina E (Vit.E) é um componente dos óleos vegetais encontrada na natureza e possui a capacidade de impedir a propagação das reações em cadeia induzidas pelos radicais livres nas membranas biológicas. O objetivo deste trabalho foi avaliar IHAG em diferentes tempos da vitamina E como antioxidante (Projeto aprovado CEUA/ULBRA-43E). Foram utilizados 28 ratos Wistar, divididos em 4 grupos: Controle (CO); Vitamina E (Vit.E); Tioacetamida (TAA); Tioacetamida com vitamina E (TAA+Vit.E). Foi administrada duas doses de 400 mg/kg de TAA intraperitonealmente (i.p.) com intervalo de oito horas. A Vit.E foi administrada na dose de 100 mg/kg (i.p.), 30 minutos após a TAA. Após 48 horas da indução, os animais foram anestesiados, mortos e retirado o fígado para as análises. Foi verificada a lipoperoxidação (TBARS), a atividade das enzimas antioxidantes SOD, CAT e GPx e análise histológica (HE). A análise estatística foi ANOVA seguida de Student-Newman-Keuls (média±EP), sendo considerado significativo P<0,05. Foi observado um aumento dos níveis de TBARS no grupo TAA (1,65±0,16 nmol/mgProt) em relação aos grupos CO (0,85±0,03 nmol/mgProt) e Vit.E (0,76±0,03 nmol/mgProt) e uma redução no grupo TAA+Vit.E (0,95±0,08 nmol/mg prot) em relação ao TAA (P<0,001). A SOD aumentou significativamente no grupo TAA (154,13±21,46 USOD/mgProt) em relação aos grupos CO (31,54±7,68 USOD/mgProt) e Vit.E (25,45±6,48 USOD/mgProt) e uma redução no grupo TAA+Vit.E (62,45±18,47 USOD/mg prot) em relação ao grupo TAA (P<0,01). Foi verificada uma diminuição significativa nos níveis da CAT no grupo TAA (1,86±0,42 pmol/mgProt) em relação aos grupos CO (3,29±0,23 pmol/mgProt) e Vit.E (3,45±0,24 pmol/mgProt) e um aumento significativo no grupo TAA+Vit.E (3,01±0,35 pmol/mgProt) em relação ao grupo TAA (P<0,01). Na atividade da GPx ocorreu um aumento significativo no grupo TAA (1,76±0,21 nmol/mgProt) em relação ao grupo CO (0,68±0,08 nmol/mgProt) e ao grupo Vit.E (0,71±0,07 nmol/mgProt) (P<0,01). Na análise histológica o grupo TAA apresentou um desarranjo na arquitetura do parênquima hepático, presença de infiltrado inflamatório e necrose em comparação aos grupo CO e Vit.E. Este estudo sugere que a Tioacetamida no tempo analisado, produziu um efeito tóxico ao fígado a julgar pelo aumento da lipoperoxidação, alteração na atividade das enzimas antioxidantes e alterações histológicas. O uso da vitamina E mostrou-se eficaz em diminuir os danos ocasionados pela TAA.