Portal de Eventos da ULBRA., XX SALÃO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA

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Chaperona PDIA1 no fluido epididimário de suínos: evidência de regulação endócrina
Nicole Andréa Corbellini Henckes, Ângela Maria Schorr-Lenz, Jayse Alves, Ivan Cunha Bustamante-Filho, Adam Benham

Última alteração: 17-10-2014

Resumo


A maturação epididimária é um fenômeno indispensável para que ocorra o transporte espermático através do trato genital feminino e a fusão do espermatozoide com o oócito. Este procedimento é marcado por alterações morfológicas e bioquímicas da célula espermática mediadas por proteínas secretadas pelo epitélio dos principais segmentos do epidídimo (cabeça, corpo e cauda). Para garantir a funcionalidade destas proteínas, um grupo de chaperonas vem se destacando pelo seu papel no controle de qualidade de síntese proteica. Conhecidas como proteínas dissulfeto isomerase (PDI), encontram-se relacionadas à função e atividade de proteínas importantes como ADAM3, calmegin e calsperin, participantes de diversos fenômenos no processo de fertilização. Recentemente, analisando amostras de epidídimo, nosso grupo identificou a presença da chaperona PDIA5 (ERp57) em maior concentração em espermatozoides da região da cabeça do epidídimo em comparação com amostras do corpo, não sendo encontrados em espermatozoides da cauda. De modo a inferir sobre a possível secreção dessa proteína pelo epidídimo, o presente experimento foi desenhado para identificar e quantificar a chaperona PDIA5 (ERp57) no fluido do epidídimo de suínos castrados e imunocastrados. Foram analisados epidídimos de quinze suínos: oito castrados cirurgicamente (grupo controle) e sete imunocastrados (grupo tratamento) sendo esses últimos, obtidos após 60 dias de protocolo de imunocastração (Vivax, Pfizer). Amostras de fluido epididimário foram coletadas das regiões de cabeça, corpo e cauda e analisadas por Western blotting.  Foi observado que em animais controle, a PDIA5 está presente apenas no fluido da cabeça e corpo do epidídimo. Quando comparado com os animais do grupo tratamento, ocorre uma diminuição da quantidade desta chaperona (P<0,05), e foi identificado a presença da PDIA5 no fluido da cauda do epidídimo. Esses resultados sugerem uma possível regulação endócrina, porém nao temos evidencias de como esta regulação ocorra. A secreção da chaperona PDIA5 no fluido da região da cauda pode ser uma tentativa de manter a homeostase e tornar a célula espermática apta para a fecundação, corrigindo possível degradação e má conformação de proteínas.