Portal de Eventos da ULBRA., XX SALÃO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA

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O papel da mesalazina no modelo de colite experimental induzida por ácido acético
Daiana Pereira Silva, Rosa Maria Braga, Renata Hartmann Minuzzo, Henrique Fillmann, Norma Possa Marroni

Última alteração: 17-10-2014

Resumo


A colite ulcerativa é uma doença inflamatória que envolve o cólon e o reto, sendo caracterizada por infiltrado leucocitário na mucosa e úlceras superficiais. O metabolismo oxidativo anormal gera o aumento de espécies reativas de oxigênio (ERO) que estão diretamente envolvidos na atividade da doença. A mesalazina tem ação analgésica e anti-inflamatória e seus efeitos podem estar relacionados com a inibição da cascata do ácido araquidônico a e produção de radicais livres. Nosso, o objetivo foi avaliar os efeitos da mesalazina em animais com colite induzida por ácido acético. Foram utilizados 20 ratos machos Wistar (±350 g) divididos em 4 grupos: 1: Controle (CO); 2: Controle+Mesalazina (CO+M); 3: Colite (CL); 4: Colite+Mesalazina (CL+M). A mesalazina (20 mg/Kg) foi administrada via oral por gavagem uma vez ao dia  24 e 48 horas após a indução da colite por ácido acético (4% via enema). Foi aferida a pressão anal esfincteriana, realizada a avaliação da lipoperoxidação (LPO) através da técnica das substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico (TBARS), avaliada a atividade das enzimas antioxidantes: superóxido dismutase (SOD) e glutationa peroxidase (GPx) e análise histológica por coloração de hematoxilina e eosina (HE). A análise estatística foi através de ANOVA seguido do teste Student-Newman-Keuls (média±EP) com significância quando p<0,05. Na pressão anal esfincteriana (cm/H2O) o grupo CL+M mostrou um aumento significativo em relação ao grupo CL (CO: 64±2,7; CO+M: 61±1,5; CL: 31±2,9; CL+B: 50±2,2). Na avaliação da LPO por TBARS (nmoles/mgprot) o grupo CL+M mostrou uma diminuição significativa em relação ao grupo CL (CO: 0,26 ±0,03; CO+M: 0,22±0,03; CL: 0,87 ±0,05; CL+M: 0,44±0,05). A SOD (U/mgprot) apresentou uma diminuição significativa no grupo CL+B em relação ao grupo CL (CO: 4,96±1,40; CO+M: 3,66±0,76; CL: 14,35±2,68; CL+M: 10,00±1,54) e a GPx (nmoles/mgprot) apresentou um aumento significativo no grupo CL+M em relação ao grupo CL (CO: 0,58±0,09; CO+M: 0,51±0,06; CL: 0,23±0,03; CL+M: 0,46±0,04). Na análise histológica o grupo CL+M apresentou uma diminuição de edema, da inflamação e preservação das criptas. Os dados sugerem que a administração da mesalazina tem um efeito protetor contra as ERO diminuindo a LPO e restaurando a atividade das enzimas antioxidantes estudadas SOD e GPx nos animais tratados com mesalazina  mostrou uma redução na lesão tecidual pela diminuição de edema, inflamação e o aumento da pressão anal esfincteriana.


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