Portal de Eventos da ULBRA., XX SALÃO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA

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AVALIAÇÃO DOS EFEITOS DE GÉIS FISIOLÓGICOS E SUAS ASSOCIAÇÕES A EXTRATOS FITOTERÁPICOS DE BOWIDICHIA VIRGILIOIDES E STRYPHNODENDRON ADSTRINGENS SOBRE O PROCESSO CICATRICIAL EM RATOS NORMOGLICÊMICOS E HIPERGLICÊMICOS
Adriana Ester Scheffler Reinicke, Patricia de Souza Aguiar, Alessandra Hubner de Souza

Última alteração: 19-10-2014

Resumo


A pele tem a função de regulação do balanço fluídico, controle de infecção e termogênese. Quando a integridade da pele é rompida podem surgir feridas crônicas e agudas. A cicatrização envolve vários processos como inflamação, proliferação celular e contração do colágeno formado. Alguns fatores podem contribuir para prejuízo da mesma, como: idade do paciente, grau de nutrição, usos de corticosteroides, diabetes, influência do hormônio de crescimento e resposta genética. A prevalência de feridas crônicas no Brasil é elevada, assim a busca de tratamentos alternativos é de fundamental importância. Desta forma, este estudo tem como objetivo avaliar os efeitos de géis fisiológicos hospitalares e sua associação aos fitoterápicos Bowidichia virgilioides e Stryphnodendron adstringens sobre o processo cicatricial em lesões de pele em ratos normoglicêmicos e hiperglicêmicos. Para o estudo foram utilizados 6 tipos de géis e uma pomada como controle positivo, utilizando respectivamente: 1) Soro fisiológico (SF) 0,9%. 2) Soro fisiológico + Sucupira. 3) Soro fisiológico + Barbatimão. 4) Soro glicosado 50%. 5) Carbopol. 6) Kolagenase (controle positivo). 7) glicose 5%. Foram utilizados ratos Wistar machos provenientes do Biotério da ULBRA/Canoas, protocolo no:2014-2P, mantidos com alimentação e temperatura adequada. A lesão foi realizada na parte superior do dorso dos animais após serem anestesiados e desinfetados. Os animais receberam os tratamentos dos géis e foram avaliados durante 16 dias quanto: A aparência da ferida, o percentual de contração das feridas e a presença de exsudato. O tratamento com os diferentes géis fisiológicos resultaram em diferentes respostas, como: feridas com SF + Barbatimão teve melhora na aparência logo no início do tratamento formando tecido de granulação. No 120 dia de tratamento o gel de SF 0,9% e o gel de SF + Sucupira teve formação de tecido epitelial. Ao final do tratamento todos tiveram melhor cicatrização com formação de tecido epitelial diferente do controle positivo kolagenase. Outro aspecto analisado foi à contração das feridas que no 40 dia de tratamento o gel de SF teve contração de 37% dos ferimentos, enquanto que o grupo com Kolagenase fechou apenas 9%, já os extratos tiveram em torno de 20% de contração. Ao longo do tratamento o gel de SF apresentou uma ação cicatrizante mais rápida. Também foi observada a quantidade de exsudatos formados. Os extratos SF + Sucupira e SF + Barbatimão tiveram melhor resposta a formação de exsudato em relação ao SF. A Kolagenase apresentou diferença de todos os grupos na formação de exsudato, ou seja, o SF teve melhor resultado comparando com a Kolagenase. Pode-se concluir que o SF apresentou ótimo resultado na aparência, na contração e na diminuição da quantidade de exsudato das lesões. Os extratos também obtiveram significativo desempenho na cicatrização. Serão realizados mais estudos para a conclusão final dos resultados.