Portal de Eventos da ULBRA., XX SALÃO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA

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Construindo o conhecimento de forma lúdica em ciências
Rayssa Alves de Almeida, Patricia Martins, Vander Edier Ebling Samrsla, Larissa Barbosa

Última alteração: 17-10-2014

Resumo


Atividades experimentais realizadas em sala de aula podem ajudar no desenvolvimento de conceitos científicos, além de possibilitar aos estudantes aprenderem como abordar objetivamente o seu mundo e como desenvolver soluções para problemas complexos. Também se caracterizam como estratégias que auxiliam o professor a retomar um assunto já abordado, estabelecendo com seus alunos uma nova visão sobre um mesmo tema. Além disso, as aulas práticas estimulam a criatividade do aluno e contribuem para desenvolver seu lado investigador. Dentro desse contexto este trabalho objetiva analisar atividades desenvolvidas durante o Programa de Iniciação a Docência de Química da Universidade Luterana do Brasil em duas turmas da Escola Municipal de Ensino Fundamental Ícaro de Canoas, investigando como ensino através de aulas práticas experimentais contribui para o aprendizado nas aulas de ciências. Inicialmente os trabalhos foram realizados junto a uma turma de sexto ano. Foi aplicado  um questionário diagnóstico para traçar um perfil dos alunos e avaliar o conhecimento inicial dos mesmos, buscando saber as necessidades reais deles. Servindo de base para a construção e estruturação dos materiais e atividades que seriam desenvolvidas posteriormente. A primeira atividade desenvolvida com os alunos foi a construção de uma luneta astronômica, com materiais alternativos. O experimento didático permitiu que o aluno tenha a satisfação de ter construído algo; um sentimento que só quem construiu sente; a oportunidade de ver, pelo menos, as crateras lunares, com esta modesta luneta, de fabricação própria, ele permitindo que seus familiares, amigos e vizinhos olhem através dela. Em outro momento trabalhamos com tipos de solos, o objetivo era reconhecer: o solo como um ambiente onde habitam muitos seres vivos; reconhecer semelhanças e diferenças entre os elementos vivos e não vivos do solo; identificar algumas características do solo, quais seus componentes e compreender como ele se forma. Os alunos participaram de discussões coletivas, compartilhando opiniões e ouvindo colegas; valorizar a preservação do meio ambiente. Na turma de oitavo também foi aplicado um questionário com os mesmos objetivos do aplicado no sexto ano. Na sequência foram desenvolvidos experimentos a fim de contextualizar, enriquecer e aprimorar os conhecimentos sobre o sistema digestório. Utilizando materiais totalmente acessíveis e simples, foram demonstradas as etapas do sistema de maneira que os alunos interagissem com os materiais e pudessem compreender seu próprio corpo de maneira lúdica. Percebeu-se que atividades proporcionaram espaços para que o aluno seja atuante, construtor do próprio conhecimento, descobrindo que a ciência é mais do que mero aprendizado de fatos. Os alunos aprendem a interagir com as suas próprias dúvidas, chegando a conclusões, à aplicação dos conhecimentos por eles obtidos, tornando-se agente do seu aprendizado.