Portal de Eventos da ULBRA., XXI SALÃO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA

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A MELATONINA PROTEGE O FÍGADO EM UM MODELO EXPERIMENTAL DE CIRROSE HEPÁTICA.
Mariana do Couto Soares, Silvia Bona, Graziela Rodrigues, Andrea Moreira, Thêmis Da Silveira, Cláudio Marroni, Norma Marroni

Última alteração: 06-10-2015

Resumo


As doenças hepáticas são um importante problema de saúde pública, sendo responsáveis por um número significativo de internações hospitalares e uma crescente taxa de mortalidade. A melatonina (MLT), poderosa molécula antioxidante, tem se mostrado benéfica em várias condições, incluindo doenças hepáticas. Avaliar o efeito da MLT na cirrose hepática induzida por tetracloreto de carbono (CCl4) em ratos. Foram utilizados 20 ratos Wistar machos (230-250 g) divididos em 4 grupos: I: Controle (CO); II: CO+MLT; III: CCl4; e IV: CCl4+MLT. Foram administradas 27 doses i.p. de CCl4: 10 doses com intervalo de 5 dias cada, 10 doses com intervalo de 4 dias, e 7 doses com intervalo de 3 dias. MLT foi administrada via i.p (20 mg/kg) a partir da 10ª semana, diariamente até o final do experimento (16ª semana). No grupo CCl4+MLT, o uso da MLT diminuiu no fígado os niveis de F2-isoprostanos comparado ao grupo CCI4. A análise histológica do fígado com coloração HE mostrou que os animais do grupo CCl4 tiveram alterações histológicas, como presença de infiltrado inflamatório. No grupo CCl4+MLT, a presença de infiltrado inflamatório foi menor comparado ao grupo CCI4. Os animais do grupo CCl4, também aumentaram significativamente a expressão do NF-kB/p65 e da iNOS comparado aos grupos controle. O uso de MLT diminui significativamente a expressão destas proteínas do grupo CCl4+MLT, comparado ao grupo CCl4. CCl4 aumentou significativamente a expressão de TGF-β1 e α-SMA. Em contraste, o grupo que recebeu MLT, reduziu significativamente a expressão destas proteinas comparando ao grupo CCl4, sugerindo, um efeito inibitório na ativação de células estreladas hepáticas e na deposição de MEC pela MLT. No grupo CCl4+MLT, a coloração por picrossírius, mostrou redução significativa da fibrose, com septos e nódulos fibróticos incompletos. A fibrose hepática muda a arquitetura vascular, criando um ambiente hipóxico. Nossos resultados sugerem que a MLT possui potente efeito antifibrogênico, modulando parâmetros de estresse oxidativo, angiogênese e inflamação.


Palavras-chave


Dano Oxidativo. Antioxidantes. Cirrose Hepática.

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