Portal de Eventos da ULBRA., XXI SALÃO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA

Tamanho da fonte: 
PERFIL DOS PACIENTES COM CÂNCER DE BOCA ATENDIDOS EM CENTRO DE REFERÊNCIA DA CIDADE DE TERESINA (PI)
Lucas U. Conter, Maria do Amparo V. Magalhães, Gabriela J. V. Amado, Melissa Camassola, Ivana Grivicich

Última alteração: 04-10-2015

Resumo


Câncer de boca é um dos tumores mais comuns no mundo, ocupando no Brasil o sexto lugar entre todos os tipos de câncer. Mais de 90% das lesões de boca é representada pelo carcinoma epidermoide, que exibe elevadas taxas de mortalidade. Os principais fatores de risco para o câncer da cavidade oral são o tabagismo, o etilismo, dieta e as infecções pelo Papiloma Vírus Humano (HPV). O objetivo desse estudo foi traçar o perfil epidemiológico dos pacientes com diagnóstico de câncer de boca atendidos entre os anos de 2008 e 2012 no Hospital São Marcos (HSM) da Associação Piauiense de Combate ao Câncer (APCC), Teresina, PI. Para isso, foi realizado um levantamento de dados dos prontuários obtidos no banco de dados do Serviço de Atendimento Médico do referido hospital. Esse projeto foi aprovado pelo Comitê de É tica em Pesquisa em Seres Humanos sob o protocolo número 668.455. Foi realizada a coleta de dados em 419 prontuários de todos os pacientes diagnosticados com câncer de boca no período de 01/janeiro/2008 a 31/dezembro de 2012. Do total foi observado que 64,7% eram do gênero masculino e 35,3% do gênero feminino. A idade dos pacientes variou dos 09 aos 100 anos, sendo as faixas etárias compreendidas entre 51-60 anos (98 casos; 23,4%) e 61-70 anos (94 casos; 22,4%) as mais atingidas, seguidas dos pacientes com idade entre 71-80 anos (82 casos; 19,6%). A associação do fumo com o álcool se faz presente como o fator de risco mais contribuinte no desenvolvimento das lesões 34,8%. Apenas 10,5% não eram fumantes nem etilistas. Entretanto 27,4% dos prontuários não apresentaram essas informações. A língua foi o sítio anatômico mais acometido (259 casos; 61,8%). A maioria das lesões foi diagnosticada nos estágios clínicos III (80 dos casos 19,1%) e IV (198 dos casos; 47,2%%). O tratamento mais empregado foi a associação da Quimioterapia (QT) com a Radioterapia (RT), 169 casos 40,3% seguido também de tratamento associativo QT+RT+tratamento e cirúrgico, sendo abordado em 61 casos correspondendo a 14,6% do total da amostra. O carcinoma epidermoide foi o tipo histológico mais prevalente (369 casos; 88,1%). Os resultados do presente levantamento estão em consonância com a literatura que afirma ser o câncer de boca mais prevalente em homens do que em mulheres em uma proporção de 4:1. O diagnóstico ocorreu entre a 5ª e 6ª décadas de vida, sendo a língua a localização mais frequente, tendo a associação do fumo e álcool como um fator potencialmente agravante. Além disso, o diagnóstico tardio, ocorrendo já em estágios avançados, leva a tratamento mais paliativo como a associação da quimioterapia com a radioterapia seguida da associação cirurgia, quimioterapia e radioterapia quando o paciente apresenta condições clínicas favoráveis.

 


Palavras-chave


Carcinoma epidermoide. Câncer de boca. Fatores de risco.

Texto completo: Pôster  |  Resumo expandido