Portal de Eventos da ULBRA., XXII SALÃO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA

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AVALIAÇÃO DO POTENCIAL DE RECICLAGEM DE BIOCOMPÓSITOS À BASE DE AMIDO DE MILHO E FIBRA VEGETAL
Douglas Milan Tedesco, Denise Lenz

Última alteração: 29-08-2016

Resumo


A manufatura de biocompósitos com fibras vegetais vem se tornando uma estratégia efetiva com o objetivo de aprimorar as propriedades mecânicas de polímeros biodegradáveis. No entanto, os benefícios à sustentabilidade pela utilização de biocompósitos só podem ser atingidos completamente se estes materiais puderem ser reciclados. Neste trabalho, o efeito de vários ciclos de processamento nas propriedades mecânicas e térmicas de biocompósitos de uma matriz polimérica biodegradável à base de amido de milho com 10% em massa de fibra vegetal de curauá foi estudado. Os biocompósitos  foram manufaturados através de moldagem por injeção com e sem agente de acoplamento à base de anidrido maleico. As propriedades de resistência à tração, módulo de elasticidade, alongamento na ruptura, resistência ao impacto (RI) e dureza foram avaliadas até o décimo ciclo de processamento. Os resultados mostraram que a adição de fibra de curauá aumenta a dureza e a RI dos biocompósitos em relação à matriz e há uma tendência à diminuição destas propriedades com o aumento do número de ciclos de processamento sem agente de acoplamento. No entanto, a adição deste agente manteve estas propriedades até o décimo ciclo sem alterações significativas. Observou-se um aumento considerável na resistência à tração pela adição de fibra de curauá juntamente com o agente de acoplamento e não ocorreram alterações em seus valores com o aumento do número de processamentos. Enquanto o módulo de elasticidade aumentou com a adição da fibra no biocompósito, o alongamento na ruptura diminuiu, porém ambos apresentaram uma leve tendência a diminuir até o décimo ciclo de processamento. A análise térmica não mostrou alterações na temperatura de degradação térmica, assim como a análise por espectroscopia de infra-vermelho (FTIR) não indicou mudanças na estrutura química dos biocompósitos com o aumento dos ciclos. Assim, os biocompósitos com fibras vegetais de curauá mostraram potencial para serem utilizados em aplicações diversas, podendo ser reciclados até dez ciclos de processamento sem perda significativa de suas propriedades.


Palavras-chave


biocompósitos; fibra vegetal; propriedades mecânicas; reciclagem.

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