Portal de Eventos da ULBRA., XXII SALÃO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA

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ANÁLISE DAS MEDIDAS ECOCARDIOGRÁFICAS DE JOGADORES DE FUTEBOL PROFISSIONAIS
Aline Carrer Bortolini, Ana Carolina Domingos, Francisco da Silva, Leonardo da Silva Santos, Daniel Carlos Garlipp

Última alteração: 26-09-2016

Resumo


Introdução: A prática intensa de exercícios físicos, no contexto dos esportes competitivos, obriga a desempenhos do coração do atleta acima do usualmente exigido a um ser humano comum. Nestas condições, as necessidades de oxigênio circulantes tornam-se habitualmente elevadas, motivando um processo adaptativo. O treino físico intensivo e prolongado induz alterações cardiovasculares que permitem ao coração do atleta desempenho físico excepcional. Essas alterações podem situar-se fora dos limites da normalidade e o seu significado clínico e prognóstico têm sido alvo de intensa discussão e controvérsias. Neste processo adaptativo, fisiológico e reversível, destacam-se o aumento das dimensões das cavidades cardíacas e da espessura das paredes ventriculares, o aumento da força de contração cardíaca, o aumento do volume sistólico em repouso e para qualquer nível de esforço, o aumento do consumo máximo de oxigênio, a menor frequência cardíaca em repouso e em qualquer nível de esforço, a diminuição das resistências vasculares periféricas e a redistribuição do fluxo sanguíneo. Este conjunto de alterações adaptativas é conhecida como Coração de Atleta, todavia os estudos realizados em jogadores de futebol são escassos. Objetivos: Analisar as medidas ecocardiográficas de jogadores de futebol profissionais. Material e Métodos: Foram avaliados um total de 41 jogadores de futebol profissionais, com idades entre 17 e 35 anos, de um clube da primeira divisão do futebol brasileiro. Os registros do ecocardiograma com Doppler colorido foram realizados em condições de repouso e sem a administração de fármacos. Cada exame constou de avaliações nos modos M, bidimensional e Doppler nas modalidades pulsado, contínuo e por mapeamento de fluxo a cores. Para a estatística descritiva foram utilizados os valores da média e desvio-padrão, sendo que todas as análises foram realizadas no programa estatístico SPSS for Windows 20.0. O estudo teve a aprovação do Comitê de ético da ULBRA/RS (CAAE 57112616.2.0000.5349). Resultados e Conclusões: Dos 41 atletas avaliados somente um apresentou aumento da espessura do septo interventricular, com leve aumento das dimensões internas do ventrículo esquerdo e leve hipertrofia da espessura da parede do ventrículo esquerdo, com consequente sobrecarga ventricular esquerda leve. Conclui-se que a “Síndrome do Coração de Atleta” não se traduz, em um fenômeno uniforme, especialmente no tocante às modificações estruturais. A maioria dos atletas, apesar da ótima performance esportiva, apresentam dimensões do ventrículo esquerdo dentro dos parâmetros normais.

Palavras-chave


Ecocardiografia; Atletas; Futebol.

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