Portal de Eventos da ULBRA., XXII SALÃO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA

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EFEITO DA CURCUMINA NA DEPRESSÃO INDUZIDA POR ESTRESSE CRÔNICO MODERADO E IMPREVISÍVEL EM CAMUNDONGOS
Iasmine Berbigier de Oliveira, Jessica Gabriele da Silva Marques, Lucimar Filot da Silva Brum, Maria Isabel Morgan Martins, Áurea Pandolfo Correa, Alessandra Hubner de Souza

Última alteração: 30-08-2016

Resumo


Estudos científicos têm demonstrado efeitos farmacológicos benéficos da curcumina, podendo ser um potencial candidato para prevenção e tratamento de doenças devido a sua ação antioxidante, antiinflamatória, imunomoduladora e neuroprotetora, além de apresentar uso seguro. Sabe-se que o estresse é um dos fatores desencadeantes do transtorno depressivo, e este atinge milhões de pessoas em todo o mundo, sendo o distúrbio psicológico mais diagnosticado e o quarto problema médico mais frequente no ocidente. Sendo assim, o objetivo deste estudo foi verificar o efeito da curcumina sobre a depressão, locomoção espontânea e ansiedade em modelo de depressão induzida por estresse. Para tanto, foram utilizados 46 camundongos Swiss machos pesando 30-40g, divididos em 4 grupos, sendo controle placebo (CO, n=10), controle curcumina  (COC, n=10), CUMS placebo (CUMS, n=13) e CUMS curcumina (CUMSC, n=13). Foi eleito o modelo CUMS (“chronic unpredictable mild stress”) para indução da depressão e a curcumina e placebo foram administrados via gavagem oral. Os parâmetros comportamentais foram analisados a partir dos testes de campo aberto, labirinto em cruz elevado, suspensão pela cauda e nado forçado. Para análise estatística foi utilizado ANOVA de uma via e o teste Student-Newmann-Keuls (MEDIA±EPM) sendo considerados significativos os valores p≤0,05. O projeto foi aprovado no Comitê de Ética ULBRA/Canoas sob n° 2015-63P. Os resultados estão expressos na mesma ordem de apresentação dos grupos, sendo CO, COC, CUMS e CUMSC: no teste do campo aberto, o grupo COC apresentou locomoção motora horizontal significativamente diminuída em relação aos demais (77,2±7,6; 55,1±6,5; 86,7±6,4; 98±6,8), e os grupos CUMS e CUMSC apresentaram maior locomoção motora vertical, comparados aos demais (19±1,7; 11,9±2,7; 30,9±4,2; 34±3,8); no teste do labirinto em cruz elevado, o grupo COC mostrou-se significativamente menos ansioso em relação aos demais, permanecendo maior tempo no braço aberto (28,6±10,4; 76,8±10,1; 28,1±6,3; 33,2±3,3), e o grupo CO apresentou atividade exploratória significativamente menor que os demais considerando o número de espreitadas (4,9±1,7; 10,9±1,8; 13,2±1,6; 10,7±0,6); no teste de suspensão pela cauda, houve diferença significativa entre os grupos CO e COC em relação ao CUMS e CUMSC, que estavam mais deprimidos, e a curcumina não apresentou efeito reversivo da depressão neste modelo (135,3±16,4; 137,1±12; 177,5±9,4; 199,3±10,3); já no teste do nado forçado, o grupo CUMS apresentou tempo de imobilidade significativamente maior em relação aos demais e a curcumina reverteu a depressão, não havendo diferença estatística entre os grupos CO, COC e CUMSC (24,6±6,4; 16,1±3,7; 51,8±3; 14,1±2,2). A partir dos resultados observados nos testes campo aberto e labirinto em cruz elevado pode-se considerar que a curcumina tem ação ansiolítica. A curcumina apresentou efeito antidepressivo no teste do nado forçado, embora o teste de suspensão pela cauda não comprove esse achado.


Palavras-chave


curcumina; depressão; estresse; CUMS

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