Portal de Eventos da ULBRA., XXII SALÃO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA

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REPRESENTAÇÕES FEMININAS NA SÉRIE GAME OF THRONES: UMA ANÁLISE COMPARATIVA DAS PERSONAGENS ARYA STARK E SANSA STARK
Andressa Barbosa Comiotto, Bianca Salazar Guizzo

Última alteração: 31-08-2016

Resumo


Este breve estudo é parte integrante de um projeto maior de pesquisa, intitulado “Políticas Educacionais: entrelace com as questões de gênero e sexualidade.” Neste trabalho, em específico, nos propomos a analisar quais representações femininas estão sendo produzidas, reproduzidas e veiculadas pela série de televisão estadunidense Game of Thrones, transmitida pela emissora HBO. Para realização de tal objetivo, comparamos as representações de duas personagens de destaque na trama, quais sejam, Arya Stark (Maisie Williams) e Sansa Stark (Sophie Turner). Cabe ressaltar que as teorizações e problematizações de nossas análises estão articuladas aos campos dos Estudos Culturais e Estudos de Gênero de vertente pós-estruturalista. A metodologia utilizada em nosso estudo se constituiu em processos distintos, tendo como etapas: leituras teóricas no âmbito do projeto; assistência atenta da primeira temporada da série aqui estudada (ressaltamos que o foco de nossa análise está voltado apenas para a primeira temporada da produção) e seleção de dois trechos de diálogos desenvolvidos pelas personagens escolhidas para posterior problematização em nossos resultados iniciais. É importante destacarmos que trabalhamos com algumas categorias de análise em nossas problematizações, como, por exemplo, os conceitos de gênero e pedagogia cultural. Nossos resultados iniciais apontaram que há uma predominância de representações misóginas e machistas no universo da primeira temporada de Game of Thrones, especialmente no que diz respeito às identidades femininas. Uma das personagens aqui em análise, Sansa Stark, que encarna características consideradas como “ideais” para uma menina/mulher em um contexto medieval: submissão, delicadeza, olhares voltados para o matrimônio e a maternidade. Contudo, há um desvio dessa representação, que se cristaliza em sua irmã mais nova, Arya Stark. Arya representa uma personagem de vanguarda na série, pois seus anseios e condutas não se vinculam aos papéis que são atribuídos ao feminino: ela possui o espírito rebelde, pratica tiro ao alvo, faz treinamento com espadas e não possui como desejo o matrimônio e a maternidade. Nos diálogos que analisamos essas diferenças entre Sansa e Arya são colocadas de forma bem nítida. Para concluir, procuramos apresentar a série Game of Thrones como pedagogia cultural, pois ela produz e reproduz certos representações de feminilidade e, de certo modo, ensina que identidades femininas são desejadas.

Palavras-chave: Game of Thrones; Representação; Pedagogia Cultural; Gênero.


Palavras-chave


Game of Thrones; Representação; Pedagogia Cultural; Gênero.

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