Portal de Eventos da ULBRA., XXII SALÃO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA

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AVALIAÇÃO DO ENCHIMENTO VENTRICULAR ESQUERDO EM PACIENTES COM INSUFICIÊNCIA CARDÍACA COM FRAÇÃO DE EJEÇÃO PRESERVADA SUBMETIDOS AO ESTRESSE ISOMÉTRICO
Vanessa Predebon, Lucas Amaro Castelan, Thainá Silva Moreira, Bruna Ortega Burmeister, Luiz Claudio Danzmann

Última alteração: 31-08-2016

Resumo


Introdução: A insuficiência cardíaca com fração de ejeção preservada (ICFEP) refere-se a anomalias mecânicas que impedem o enchimento do volume efetivo durante a diástole e responde por até 50% dos casos globais de insuficiência cardíaca. Pacientes com ICFEP apresentam disfunção ventricular em repouso, e essa anormalidade é amplificada pelo exercício. No exercício, há uma redução da chamada reserva diastólica. Em indivíduos saudáveis, estudos prévios demonstram que a pressão de enchimento ventricular permanece estável, apesar do aumento na pré-carga do ventrículo esquerdo (VE). Isso se explica pela maior capacidade de relaxamento do VE. Em contrapartida, pacientes com ICFEP apresentam aumento da pressão de enchimento ventricular durante exercícios dinâmicos devido ao aumento de rigidez da câmara e incapacidade de relaxamento ventricular adequado. O diagnóstico pode ser auxiliado por um teste de esforço, sendo mais difícil de ser realizado somente pela clínica. Objetivo: Avaliar a função de enchimento ventricular esquerdo em pessoas com ICFEP submetidas à manobra de estresse isométrico, mais conhecido como handgrip. Metodologia: Trata-se de um estudo experimental no qual foram selecionados 35 pacientes adultos com diagnóstico de ICFEP, ou seja, com fração de ejeção >50%, submetidos ao ecocardiograma com Doppler, sendo analisados os índices de função diastólica derivados do Doppler, antes e após estresse isométrico por manobra de preensão manual. Os pacientes foram acompanhados no ambulatório de insuficiência cardíaca do Hospital Universitário da ULBRA.  Resultados: A população teve idade média de 64,9±8,1 anos, sendo 68% do sexo feminino e 97% hipertensos. Os pacientes apresentaram uma fração de ejeção do VE de 69,6±7,6% e volumes cardíacos normais. Após a manobra de estresse isométrico, houve significativa elevação do E/e` septal e lateral. Conclusão: Nosso estudo observou que a estratégia da manobra de estresse isométrico determinou alterações em índices diastólicos do VE, inclusive o sumarizador não invasivo de pressão diastólica do VE E/e` em pacientes com diagnóstico de ICFEP.


Palavras-chave


disfunção diastólica, handgrip, estresse isométrico, ecocardiograma

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