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COCCIDIOSE AVIÁRIA: UMA REVISÃO DE LITERATURA
MARCOS ANTONIO NASCIMENTO SANTANA, Davylla Kerollyn da Silva Rocha, Mariza dos Santos, Miriam Cristina Silva Carvalho, Thaliany Mikaela de França Araújo

Última alteração: 03-10-2018

Resumo


Palavras-chave: Coccidiose Aviária, Eimeria, Oocisto.

A coccidiose aviária ou eimeriose é uma das patologias mais comuns e de importância econômica significativas na indústria avícola mundial, cuja etiologia ocorre através de protozoários parasitas intitulados coccídios, do gênero Eimeria, que provocam infecção do trato intestinal em aves domésticas e também silvestres, com manifestações clínicas que irão depender do grau da infecção além da espécie de coccídeo relacionado (ASSIS et al., 2013). Este trabalho teve como objetivo realizar uma revisão de literatura sobre Coccidiose em Aves, onde foram utilizados livros, artigos científicos publicados na base de dados SCIELO. Não são transmissíveis entre as aves, e sim através da ingestão dos oocistos esporulados, localizados nas camas, comedouros, ração e água. Apresenta sinais como a enterite hemorrágica aguda, palidez, apatia, cansaço, diminuição do consumo de ração, ou interferência na digestão e absorção de seus nutrientes, que leva a perca de peso e queda da produção devido às morbidades que ocorrem na proporção em que a infecção se expande, podendo acarretar na mortalidade das aves. Seu ciclo de vida se completa de 4 a 7 dias, com desenvolvimento em células do epitélio da mucosa intestinal (REVOLLEDO, 2009).  Os coccídios são bem específicos, sendo que nove espécies afetam galinhas e três espécies afetam perus. Destas, sete espécies são parasitas de frangos e matrizes; no Brasil existem somente quatro: E. acervulina; E. maxima; E. tenella e a E. necatrix (não parasita frangos). A E. acervulina é localizada na porção superior do intestino delgado. Não causa hemorragias, mas torna as fezes líquidas em casos mais graves. O quadro clínico não ocorre mortalidade, e sim redução no desempenho das aves, com interferência na absorção intestinal, sendo a espécie que mais produz oocistos, completando seu ciclo na ave também de forma mais rápida (quatro dias) gerando alta contaminação do ambiente. A E. maxima é localizada no intestino delgado, na porção média (jejuno), podendo atingir todo o intestino delgado em casos graves, (duodeno, jejuno e íleo). Apresenta baixa mortalidade e provoca enterite muco hemorrágica aguda, alem da redução de peso. Produz poucos oocistos, proporcionando imunidade adequada às aves. Durando apenas cinco dias, apresenta lesões podem ser equivocadas com outras enterites de causas variadas. A E. tenella é localizada no ceco, onde provoca lesões (enterite hemorrágica aguda) e produz fezes com aspécto que se assemelha à massa de tomate. Produção exacerbada de oocistos, com baixa imunidade nas aves. Em casos mais graves, leva à alta mortalidade e redução do desempenho consequência da grande hemorragia intestinal. A E. necatrix é localizada na porção média do intestino delgado (jejuno), e no ceco ocorre seu ciclo completo e desenvolvimento dos oocistos produzidos em pouca quantidade. É uma espécie de patogenia muito elevada, podendo ocasionar índices elevados de morte em frangos e matrizes, havendo relatos de reincidência da doença. O tratamento é efetivo com sulfas (sulfaquinoxalina e sulfadime Toxina) e amprólio (na água). O controle dos coccídios é através de vários coccidiostáticos na ração e vacinas, cuja resposta dependerá de sua administração de forma eficiente, juntamente com um manejo adequado da cama (COELHO, 2006).  Em virtude do exposto é possível concluir que o tratamento das aves acometidas e a descontaminação do viveiro devem ser feitos de forma criteriosa, sendo essencial um ambiente adequado além da prevenção de novos casos da doença.


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