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INVESTIGAÇÃO DO POTENCIAL DE PRÉ-TRATAMENTO FÚNGICO COM Trichoderma sp. EM SUBSTRATO ORGÂNICO PARA FERMENTAÇÃO ALCOÓLICA DE Saccharomyces cerevisiae
Thaysa Milena Ramos Rodrigues, Camila de Oliveira Gomes, Marlon Cezar Maciel Guimarães, Thaís de Amorim Alves, Fernanda Borges

Última alteração: 07-10-2015

Resumo


A busca por novas fontes renováveis para produção de combustíveis é um tema que vem sendo largamente estudado na comunidade acadêmica. Por isso, a fermentação de substratos ricos em celulose, para produção de etanol de segunda geração, representa um grande avanço científico. Compostos orgânicos, como cascas de fruta, possuem uma grande reserva de monossacarídeos que estão presos em uma molécula, a celulose. Enquanto esses monossacarídeos estiverem conectados por ligações químicas não servem de alimento para a levedura Saccharomyces cerevisiae em um processo de fermentação alcoólica. Por isso, são necessárias reações enzimáticas prévias para que possam ser separados e posteriormente transformados em álcool pela ação microbiana. Tento em vista que, o fungo Trichoderma sp. é um organismo capaz de degradar a molécula de celulose, se executou análises com o objetivo de verificar se um tratamento fúngico do substrato escolhido seria capaz de liberar os açúcares simples para posterior fermentação por levedura S. cerevisiae, aumentando por consequência a quantidade de álcool produzido no processo. Porém, é esperado que o fungo Trichoderma sp. realize a quebra da celulose para a sua sobrevivência, pois absorve as moléculas de glicose liberadas no meio de cultura. Esse fato justifica o tema da pesquisa, pois é necessário comparar a velocidade da absorção dos monossacarídeos com a velocidade da quebra da celulose pelo fungo para se verificar se haverá aumento da disponibilidade de açúcares fermentescíveis para as leveduras. Cascas de banana foram utilizadas como substrato, previamente trituradas, foram inseridas, em um biorreator de cultivo sólido, desenvolvido especialmente para presente pesquisa, juntamente com os esporos desidratados do fungo escolhido. Após o período de incubação o substrato foi transferido para um fermentador, confeccionado de garrafa PET, e acrescido de água e das leveduras, que realizaram a fermentação alcoólica. O mosto já fermentado, foi então destilado para que fosse possível separar o álcool produzido do restante do material orgânico. Foi possível obter um acréscimo no teor de álcool final obtido no mosto fermentado de 0,10% da amostra de referência, sem pré-tratamento fúngico, para 0,31% para amostra com pré-tratamento fúngico. Portanto, o objetivo principal de produção alcoólica por fermentação da levedura S. cerevisiae através da implantação de tratamento com o fungo do gênero Trichoderma sp. foi atingido. Apesar de pequeno ganho de rendimento, o resultado obtido demonstra o potencial do método desenvolvido. O biorreator de cultivo em estado sólido de escala laboratorial utilizado no estudo foi idealizado e fabricado pelo próprio grupo de pesquisa, utilizando materiais de baixo custo. Embora os resultados obtidos nessa pesquisa ainda não permitam a viabilidade da implementação do método em grande escala, acredita-se que em um futuro os compostos orgânicos se tornem uma nova fonte de biocombustíveis.


Palavras-chave


Etanol de 2º geração. Biocombustível. Fermentação alcoólica.

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