Portal de Eventos da ULBRA., XIX Salão de Iniciação Científica e Trabalhos Acadêmicos

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É PRECISO FALAR SOBRE A DOR
Jucilena Dias, Paula Bernardes, Sabrine Konig, Ingrid Francke

Última alteração: 30-11-2018

Resumo


O suicídio tem se apresentado um tema muito presente atualmente, visto como uma das principais causas de morte entre os adolescentes e tornando-se um problema de saúde publica, este tem sido um tema recorrente nas demandas apresentadas pelas escolas. Visto que a escola tem um papel fundamental na vida da criança e do adolescente, para além dos ensinamentos acadêmicos, faz-se importante criar subsídios que visem o auxílio, a prevenção e promoção em saúde diante de um tema de tão alta complexidade. Assim, o Serviço Consultoria em Desenvolvimento Institucional e Escolar (SECODIE), voltado ao atendimento à comunidade objetiva com este projeto, capacitar docentes das escolas municipais e estaduais do município de Guaíba. A metodologia utilizada contempla estratégias para identificar os fatores de risco e promover medidas protetivas em relação aos comportamentos de risco ao suicídio e automutilação em adolescentes. Entende-se que este tema apresenta-se como de extrema relevância pois, de acordo com o Boletim Epidemiológico (2017) o suicídio é um fenômeno que ocorre em todas as regiões do mundo. Vê-se que anualmente, mais de 800 mil pessoas cometem suicídio, e a cada adulto que se suicida, pelo menos outros 20 atentam contra a própria vida. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o suicídio representa 1,4% de todas as mortes em todo o mundo, tornando-se, em 2012, a 15ª causa de mortalidade na população geral; Cabe salientar que entre os jovens de 15 a 29 anos, é a segunda principal causa de morte. Ainda que o cenário seja alarmante, o suicídio pode ser prevenido. Entre os sinais de alerta, cabe ressaltar: Preocupação com sua própria morte ou falta de esperança, onde estes sujeitos costumam falar sobre morte e suicídio mais do que o comum, sentem-se sem esperança, culpa, autoestima baixa, visão negativa de vida e futuro. Além disso, discriminação de gênero, perda de emprego, agressões psicológicas e/ou físicas. Outro fator alarmante geralmente presente é o isolamento, e expressões de ideias ou de intenções suicidas. (Ministério da saúde) São realizados três encontros que duram aproximadamente uma hora e meia, onde cada etapa diz respeito a: Módulo 1: Mapeamento de demandas; Módulo 2: Psicoeducação acerca do tema proposto e os desafios da escola; Módulo 3: Reflexão, prevenção, promoção de vida e manejo diante de situações de risco. Ao longo destes encontros são realizadas dinâmicas, vivências, roda de conversa e exposições. Espera-se que a implantação desse projeto possa colaborar com a escola, com os professores, com os alunos e suas famílias, reduzindo os impactos de algumas das possíveis potencialidades e riscos de suicídio. Ou seja, contribuir com a melhoria a cerca da valorização da vida, prevenção do risco suicida, formas de intervenção diante dos casos, desenvolvimento de tolerância e administração do tempo, empatia, autonomia, disciplina, comunicação e interação entre os atores escolares, tal como propiciar conhecimento e subsídios acerca deste tema importante que é um problema de saúde pública.


Palavras-chave


Suicídio; Saúde pública; Escola; Adolescentes.

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