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“MÃE, NÃO VAI EMBORA TÁ?!” – A ANSIEDADE DE SEPARAÇÃO NA INFÂNCIA
Jaqueline Hermelino Gazineu, Vanessa Campos Cezar

Última alteração: 21-10-2014

Resumo


A ansiedade de separação pode ser vista como um medo intenso da separação de uma figura vinculadora (normalmente, a mãe), que causa prejuízos sociais e escolares visíveis. Como objetivos geral, destacamos: evidenciar a importância da psicoterapia da abordagem  TCC – Teoria Cognitivo Comportamental – no tratamento de ansiedade de separação presente em crianças com prejuízo sociais e escolares; e, específicos: identificar os sintomas presentes na ansiedade de separação; demonstrar a necessidade do trabalho psicoterapêutico em parceria com os pais; identificar técnicas da TCC que podem ser utilizadas no tratamento da ansiedade de separação. Este trabalho foi realizado através do Estágio de Clínica na CESAP, através de atendimento psicoterápícos e revisão bibliográfica. Para Echeverria (2003), é característica inata do ser humano ser apegado aos pais. Segundo a teoria da evolução do naturalista inglês Charles Darwin (1809-1882), o bebê já nasce com uma série de comportamentos que conquistam os adultos, como o riso, o olhar e até o choro. O problema pode surgir quando os pais confundem apego natural com dependência e esquecem que tão importante quanto apegar-se aos pais é aprender a se separar deles. Conforme Silveira e outros (2007), o diagnóstico precoce é fundamental para um tratamento adequado e respectiva remissão dos sintomas, evitando-se, assim, um prejuízo maior decorrente da especificidade sintomatológica. Lima (2012) explica que a terapia cognitivo comportamental utilizada com crianças que possuem ansiedade de separação e se recusam a ir ou permanecer na escola por medo de separar-se de seus pais ou figura de vínculo preconiza o retorno à escola (exposição-alvo). No entanto, essa exposição deve ser gradual para permitir que ocorra a habituação à ansiedade, respeitando as limitações da criança e seu grau de sofrimento e comprometimento. Deve haver, também, sintonia entre a escola, os pais e o terapeuta quanto aos objetivos, conduta e manejo. As intervenções familiares objetivam a psicoeducar a família sobre o transtorno, auxiliá-la no manejo para aumentar a autonomia e competência da criança e reforçar positivamente suas conquistas. A fim de sanar as queixas de muitos pais e crianças, a escolha pela psicoterapia é imprescindível. Sendo necessário o envolvimento, além da criança e do terapeuta, dos pais e da escola. A TCC – Terapia Cognitivo Comportamental – utiliza-se de muitas técnicas e associações dos pais e das crianças, com o intuito de gradativamente excluir os comportamentos inadequados do medo, assim, consequentemente os sintomas físicos apresentados. Enfim, conforme Lima (2012) o risco é inerente à vida. O ser humano é vulnerável e a vida é finita. Mas tais preocupações na infância acabam reduzindo o brilho da vida que se vê com mais clareza apenas nesta fase da vida. Assim, a utilização da terapia focada na abordagem cognitivo comportamental, com a utilização de diversas técnicas, é necessária para a exclusão gradativa dos sintomas e reestruturação da vida social.

 

Palavras Chave: Criança; Ansiedade de Separação; TCC; pais.


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