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MULHERES NA CIÊNCIA E NA HISTÓRIA: INVISIBILIZAÇÃO E RESISTÊNCIA
Ana Cláudia Fasano de Sá

Última alteração: 10-11-2025

Resumo


O trabalho apresenta uma reflexão crítica sobre a invisibilização histórica das mulheres na ciência e nas narrativas tradicionais. Mostra como o machismo estrutural e as relações de poder patriarcais contribuíram para a exclusão e o silenciamento das mulheres ao longo do tempo, mesmo quando elas tiveram papel essencial no avanço do conhecimento.

Durante séculos, as mulheres foram impedidas de participar plenamente de universidades, laboratórios e academias científicas, tendo muitas vezes suas descobertas atribuídas a homens — situação conhecida como “Síndrome de Matilda”. Um exemplo é o caso de Rosalind Franklin, que teve sua importante contribuição para a descoberta do DNA ignorada.

A pesquisa utiliza uma abordagem qualitativa e bibliográfica, com base em teorias feministas e em uma perspectiva interseccional, considerando como gênero, raça, classe e origem geográfica influenciam o reconhecimento das mulheres na ciência.

Os dados mostram que, no mundo, apenas 33% dos profissionais da ciência são mulheres, e que poucas alcançam cargos de liderança ou recebem prêmios importantes, como o Nobel. No Brasil, apesar de representarem 54% dos doutores, as mulheres ainda enfrentam desigualdades: apenas 25% recebem as bolsas de pesquisa mais prestigiadas, e seus salários são cerca de 20% menores que os dos homens. A desigualdade é ainda mais evidente entre mulheres negras, que ocupam apenas 2,5% das vagas de docentes com doutorado.

Mesmo diante dessas dificuldades, o texto destaca a resistência feminina, expressa em iniciativas como Parent in Science, Meninas nas Exatas e Elas na Ciência, que buscam incentivar a presença e a valorização das mulheres nas áreas científicas.

Nas considerações finais, o trabalho defende que a busca por igualdade de gênero na ciência não é apenas uma reparação histórica, mas também uma necessidade para o avanço do conhecimento humano. Tornar a ciência mais diversa, justa e inclusiva é essencial para construir um futuro mais ético, equilibrado e sustentável.

 


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