Portal de Eventos da ULBRA., EXPOULBRA 2025

Tamanho da fonte: 
AVALIAÇÃO TÉCNICA E ECONÔMICA DO MANEJO DA LAGARTA-DA-SOJA (Anticarsia gemmatalis) EM LAVOURAS DE VÁRZEA.
Dienithon Kologeski Lopes, Leticia Haack Czapliski, Lucas Karlinski

Última alteração: 15-11-2025

Resumo


 

A soja (Glycine max L.) é o principal grão produzido no Brasil e também a cultura que ocupa a maior extensão de área cultivada no país, o que faz do Brasil o maior produtor mundial dessa fabacea. Durante todo o seu ciclo, a soja está sujeita ao ataque da lagarta-da-soja (Anticarsia gemmatalis) um inseto mastigador que se alimenta de folhas. Quando a folhagem é reduzida, a praga passa a atacar outras partes da planta, como pecíolos e a hastes. Os danos provocados comprometem significativamente o desenvolvimento e a produtividade da cultura, podendo causar perdas de até 100%. O objetivo do trabalho foi analisar o impacto da lagarta-da-soja e a viabilidade das práticas de controle utilizadas na lavoura de soja. O estudo avaliou os danos causados pela lagarta-da-soja uma lavoura de várzea, com área de 98,2 hectares, localizada no município de Barra do Ribeiro (RS). As populações da praga foram monitoradas por meio de amostragens realizadas com o método de pano de batida. Existem diversas estratégias eficazes para controlar e prevenir os ataques da lagarta-da-soja, que envolvem a adoção de diferentes abordagens que como o controle cultural, genético, biológico e químico. Após uma análise detalhada da área, identificou-se a necessidade de utilizar cultivares de soja IPRO (intacta), que possuem a tecnologia Bacillus thuringiensis (Bt), conferindo resistência à lagarta-da-soja. Além disso, foi adotada a aplicação de inseticidas químicos, selecionados com base em critérios como toxicidade, custo e impacto sobre inimigos naturais, desde o início do ciclo da cultura, a fim de possibilitar o controle populacional do inseto praga. Por meio da orientação técnica, foram efetuados os cálculos da viabilidade econômica, seguindo as práticas adequadas para alcançar os resultados desejados. O investimento totalizou R$852,33 por hectare, sendo R$767,85 destinados à compra e ao tratamento das sementes e R$84,48 à aquisição e aplicação de inseticidas. Considerando a produtividade média informada pelo produtor, de 40 sacas por hectare, e o valor médio do momento, R$133,00 a saca, observou-se que, com a adoção dos manejos sugeridos, uma perda de produtividade de 14,5%, já torna o investimento economicamente viável para o agricultor. Conclui-se que as práticas de manejo aplicadas foram eficientes tanto no controle da Anticarsia gemmatalis quanto no retorno econômico ao produtor, ressaltando a importância do manejo integrado de pragas como ferramenta de sustentabilidade produtiva.

Texto completo: RESUMO  |  PÔSTER