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REQUALIFICAÇÃO DO EDIFÍCIO OCUPAÇÃO PERIFERIA NO CENTRO: HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL E USO POPULAR - PORTO ALEGRE/RS
Última alteração: 12-11-2025
Resumo
Projeto realizado na disciplina de Ateliê VII, direcionado ao tema de Habitação Social, do curso de Arquitetura e Urbanismo da Ulbra. O projeto propõe a requalificação do edifício Ocupação Periferia no Centro, localizado em Porto Alegre. O imóvel é ocupado desde 2023 pelo movimento União por Moradia Popular do Rio Grande do Sul, abrigando diversas famílias. A proposta parte da compreensão do papel da arquitetura como ferramenta de cuidado, inclusão e resistência, buscando valorizar as práticas populares já consolidadas e ampliar as possibilidades de uso coletivo, habitabilidade e qualidade de vida. O objetivo é transformar o edifício em um espaço integrado e acessível, atendendo às demandas sociais e urbanas do entorno, promovendo autonomia comunitária e fortalecendo o vínculo entre moradia e geração de renda. A metodologia envolveu a análise do contexto urbano, dinâmicas sociais, levantamento das condições existentes, e visita de campo acompanhada com alguns moradores, de forma receptiva e com promoção de diálogos, o que foi fundamental para o estudo integrado à perspectiva dos moradores e suas necessidades. O desenvolvimento do projeto, estabelece soluções arquitetônicas que preservam a estrutura original da edificação, reorganizando os pavimentos em diferentes usos: o térreo abriga lojas comerciais para renda interna, restaurante, recepção e auditório com telhado verde, placas solares e cisterna de reaproveitamento de água; as sobrelojas concentram áreas comuns, creche, biblioteca, coworking e espaços de saúde e acolhimento público; os pavimentos tipo destinam-se à habitação social, totalizando 84 unidades e capacidade para 322 moradores; o terraço foi projetado como área de convivência e eventos internos. O projeto ainda prevê um espaço voltado ao bem-estar sensorial, especialmente para pessoas no espectro autista, incorporando cores suaves, iluminação quente e materiais acolhedores. Como resultado, a proposta reintegra o edifício à dinâmica urbana, resinificando seu uso e fortalecendo sua função social por meio de uma arquitetura inclusiva, sustentável e comunitária.