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Alterações na saturação de oxigênio em jogadores de futebol ao longo de 16 dias na altitude de Quito no Equador (2.683 m)
Isabella Fontanella Krey, Betina Boemeke Kuhn, Cesar Henrique Camargo, Osvaldo Donizete Siqueira, Daniel Carlos Garlipp

Última alteração: 15-11-2025

Resumo


O futebol disputado em grandes altitudes expõe os atletas a condições de hipóxia ambiental, capazes de reduzir a saturação de oxigênio e afetar o desempenho físico. Compreender as respostas fisiológicas iniciais e a evolução da aclimatação é fundamental para o planejamento de treinos e competições. O objetivo deste estudo foi avaliar as alterações na saturação periférica de oxigênio (SaO₂) e na frequência cardíaca (FC) de jogadores de futebol sub-20, nativos de baixa altitude, durante 16 dias de exposição a 2.683 metros em Quito, Equador. Foram avaliados vinte atletas de um clube brasileiro de primeira divisão. Medidas de SaO₂ e FC em repouso foram coletadas ao nível do mar (3 m) e no 1º, 8º e 16º dias após a chegada à altitude. Utilizou-se oxímetro digital, com análise estatística descritiva e teste t pareado (p<0,05). Verificou-se queda significativa da SaO₂ de 98,20±1,05% ao nível do mar para 94,65±3,37% no 1º dia, com recuperação parcial para 95,50±2,60% no 8º dia e 95,67±2,80% no 16º dia, sem retorno aos valores basais. A FC permaneceu estável ao longo do período, variando de 74,80±11,19 bpm para 74,95±12,07 bpm, 76,55±13,59 bpm e 75,33±10,09 bpm nos dias avaliados. Os resultados sugerem que a aclimatação inicial melhora parcialmente a SaO₂, mas 16 dias não são suficientes para normalização completa. A estabilidade da FC indica que ajustes autonômicos mais acentuados tendem a ocorrer durante o exercício. Conclui-se que a altitude de 2.683 metros provoca redução significativa da SaO₂, com recuperação incompleta em duas semanas, reforçando a necessidade de planejamento adequado de aclimatação para preservar o desempenho esportivo.


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