Portal de Eventos da ULBRA., XXIII SALÃO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA

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ANÁLISE DA ATIVIDADE MUTAGÊNICA DA CISPLATINA, CARBOPLATINA E OXALIPLATINA ATRAVÉS DO TESTE SMART EM Drosophila melanogaster
Rodrigo Antonio de Campos, Lucía Paola Facciola González, Natacha Allgayer, Rafael Rodrigues Dihl, Mauricio Lehmann

Última alteração: 31-08-2017

Resumo


A quimioterapia quando aplicada ao câncer é chamada de quimioterapia antineoplásica ou quimioterapia antiblástica. Dentre as drogas utilizadas nesse tipo de terapia podemos destacar a cisplatina (CIS), a carboplatina (CARB) e a oxaliplatina (OXA), que são fármacos a base de platina e são a escolha no tratamento de aproximadamente 50% dos pacientes tratados com medicamentos antitumorais. Essas drogas são classificadas como agentes alquilantes e possuem como mecanismo de ação a interação com o DNA. O seu objetivo principal é a destruição das células neoplásicas, preservando as normais. Entretanto, a maioria dos agentes quimioterápicos atua de forma não específica, lesando tanto células malignas quanto normais. Considerando esse fato, somado a escassez de informações referentes à atividade tóxico-genética da OXA, torna-se importante o emprego de metodologias sensíveis e de baixo custo que permitam a obtenção destas informações. Neste sentido, o presente estudo teve como objetivo avaliar a atividade mutagênica da CIS (0,006; 0,012; 0,025 e 0,05 mM), CARB (0,1; 0,2; 0,5 e 1 mM) e OXA (0,1; 0,2; 0,5; 1 e 2 mM) através do teste para detecção de mutação e recombinação em células somáticas de D.melanogaster (teste SMART). Foram utilizados os cruzamentos padrão e aprimorado, que apresentam, respectivamente, níveis basais e aumentados de enzimas de metabolização do tipo citocromo P450 (CYP450). Os resultados obtidos até o momento mostram que a CIS e a CARB foram capazes de induzir danos ao material genético em todas as concentrações testadas em ambos os cruzamentos, mostrando que não há interferência das CYP450 sobre a sua atividade genotóxica. Por outro lado, resultados preliminares mostram que a OXA não gerou aumento significativo de danos ao DNA no cruzamento padrão, porém aumentou a frequência de manchas mutantes no cruzamento aprimorado. Desta forma, pode-se caracterizar este fármaco como um agente mutagênico de ação indireta, cujos metabólitos apresentam a capacidade de lesar a molécula de DNA.


Palavras-chave


CYP450; Metabolização; Mutação; Platinas; Recombinação

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