Portal de Eventos da ULBRA., XXVI SALÃO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA

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UTILIZAÇÃO DO ÍNDICE DE CHIGNON-LECLERCQ NA DETERMINAÇÃO DA CAPACIDADE METABÓLICA PREDOMINANTE EM FUTEBOLISTAS
Bruna Vergani Canali, Dinarte Silveira, Osvaldo Donizete Siqueira, Luiz Barcellos Crescente, Daniel Carlos Garlipp

Última alteração: 12-11-2020

Resumo


Introdução: O futebol é um esporte caracterizado por atividades intermitentes de alta intensidade, sustentadas pelas capacidades aeróbia e anaeróbia dos atletas. Desta forma, apesar do metabolismo aeróbio ser o sistema energético predominante durante a partida de futebol, as ações que decidirão o resultado como chutar, saltar e atacar, advém de esforços de alta intensidade e curta duração, sendo fortemente dependentes do sistema anaeróbio. Assim, para monitorar o status de treinamento de um atleta de futebol, parâmetros relacionados com a capacidade aeróbia e anaeróbia devem ser constantemente avaliados. É consenso na literatura de que existem alterações eletrofisiológicas normais no coração de atletas. O Índice de Chignon-Leclercq relaciona vetores esquerdos com vetores posteriores do coração em um eletrocardiograma de 12 derivações o que pode categorizar a predominância da capacidade metabólica em atletas. Objetivo: Analisar o Índice de Chignon-Leclercq de atletas de futebol profissionais, correlacionando seus resultados com o Consumo de Oxigênio de Pico. Material e Métodos: Foram avaliados um total de 92 jogadores, com idades entre 16 e 35 anos, de dois clubes da primeira divisão do futebol brasileiro. O índice aeróbico-anaeróbico foi determinado pela soma das ondas S em V1 e V2 divididas pela dupla onda R em V6 (SV1+SV2/2RV6) e o VO2 de pico foi considerado como o maior valor em um determinado minuto durante o teste cardiopulmonar. As análises estatísticas foram realizadas no IBM SPSS v. 20,0. Os dados foram expressos pelos valores da média, desvio padrão (DP) da média, valores mínimos e máximos. As associações entre os valores do índice aeróbico-anaeróbico e do VO2 de pico foram determinados a partir do coeficiente de correlação de Pearson (r). Resultados: Segundo o índice aeróbico-anaeróbico, mais da metade dos atletas avaliados (53,3%) apresentaram sistemas metabólicos nivelados, seguidos de atletas com predomínio anaeróbio (38,0%) e aeróbio (8,7%), sendo que existe correlação é significativa (p=0,009) entre o índice aeróbico-anaeróbico e o VO2 de pico (r=-0,273) de baixa magnitude. Conclusões: O presente estudo demonstra uma correlação negativa e pequena entre o Índice de Chignon-Leclercq e o VO2 pico em atletas profissionais de futebol. Ainda demonstra que mais da metade dos atletas avaliados apresentam condições aeróbia-anaeróbias niveladas, seguidos de atletas com condições anaeróbia e aeróbias. Esses resultados demonstram que o Índice Chignon-Leclercq parece ser um índice sensível na determinação da capacidade metabólica de atletas de futebol. Todavia, novos estudos deverão ser realizados para aprofundar o tema.


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