Portal de Eventos da ULBRA., XXII SALÃO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA

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FATORES GENÉTICOS ASSOCIADOS À FIBROMIALGIA: AVALIAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DE DOADORES DE SANGUE PARA ESTUDO CASO-CONTROLE
Patrícia Jaqueline Stahl, Joana Morez Silvestre, Vivian Juliana Kovaleski Lopes Polesso, Maxciel Zortea, Joice Dickel Segabinazi, Wolnei Caumo, Alessandra Hübner De Souza, Daniel Simon, Camila Fernanda da Silveira Alves

Última alteração: 01-09-2016

Resumo


A Fibromialgia (FM) é uma síndrome caracterizada principalmente pela dor crônica musculoesquelética difusa. Ocorre com mais frequência dos 30 aos 50 anos, sendo mais prevalente entre as mulheres. O mecanismo fisiopatológico envolvido na FM compreende a alteração do mecanismo excitatório e inibitório de controle da dor. Transtornos de ansiedade e depressão também são associados à condição. A comorbidade depressiva está presente em cerca de 30 a 80% dos pacientes com FM. Os fatores genéticos podem estar associados com a maneira como a dor é processada e transmitida, bem como com aspectos psicológicos envolvidos na percepção da dor. O presente estudo faz parte de um projeto de pesquisa que tem por objetivo avaliar a associação de variantes genéticas com a FM. O objetivo do trabalho atual é avaliar o perfil epidemiológico de doadores do Banco de Sangue do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), os quais irão compor o grupo controle do projeto sobre variantes genéticas associadas à FM. A presença de FM, Artrite, Artrose ou Lúpus Eritematoso Sistêmico e o uso de medicamentos antidepressivos foram os critérios de exclusão estabelecidos para este grupo controle. As características clínicas e sociodemográficas dos participantes foram obtidas por meio de uma entrevista. Os doadores foram avaliados para ansiedade e depressão através dos seguintes instrumentos: Beck Depression Inventory (BDI), validado em português, e State-Trait Anxiety Inventory (STAI), versão adaptada em português (IDATE), ambos autoaplicáveis. O BDI, composto de 21 itens, contém um escore que varia de 0 a 63, sendo que um escore <10 significa ausência ou mínima sintomatologia depressiva. O IDATE é dividido em duas partes. O escore varia de 13 a 52 (Ansiedade – Estado) e de 12 a 36 (Ansiedade – Traço). A obtenção de altos escores denota altos níveis de ansiedade. Uma amostra de sangue de cada doador foi coletada em um tubo de 4 mL com EDTA. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do HCPA e da Universidade Luterana do Brasil (n°1.570.266 e n°1.620.891). Todos os participantes incluídos no estudo assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Até o momento, 16 mulheres foram incluídas no estudo com idade média de 33,2 ± 6,9 anos. O Índice de Massa Corporal (IMC) foi de 26,8 ± 4,8 Kg/m². Com relação à escolaridade, a maioria das participantes (n=15) tinha no mínimo oito anos de estudo. A média dos escores obtidos no BDI foi de 5,4 ± 6,0. Na avaliação da ansiedade a média dos escores obtidos foi de 30,2 ± 2,2 e 23,5 ± 3,1 para Ansiedade – Estado e Ansiedade – Traço, respectivamente. Estes resultados preliminares demonstram que os indivíduos incluídos neste estudo, até o momento, apresentam perfil adequado para fazer parte de um grupo controle para pacientes com FM. Será dado seguimento ao trabalho com a ampliação da amostra, realização de análises genéticas e comparação com o grupo de pacientes.

Palavras-chave


Fibromialgia; dor crônica; depressão; ansiedade; grupo controle.

Texto completo: PÔSTER